Gleisi pede apuração de supostos abusos da polícia do Paraná a estudantes

Gleisi: Não podemos achar que é normal bater em servidores, bater em estudantes porque estão participando de reivindicaçõesAs denúncias de abusos cometidos por policiais militares do Paraná a estudantes serão averiguadas pelos membros da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado. Nesta quarta-feira (13), a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pediu o acompanhamento do caso aos integrantes do colegiado, que acataram o pedido da petista.

O caso citado por Gleisi foi o de uma estudante – que tem o nome mantido em sigilo por questão de segurança –, de 19 anos, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Ela participava dos protestos dos professores no dia 29 de abril, no Centro Cívico, em Curitiba. Em depoimento, a jovem afirmou que policiais a obrigaram a ficar nua e a ridicularizado com adjetivos como “vagabunda”, “comunista” e “petista” dentro do Palácio Iguaçu, sede do governo estadual.

A justificativa do governo do Paraná é que tanto a jovem quanto outros detidos participavam de grupos conhecidos como “black blocks”. O promotor de Direitos e Garantias Constitucionais do Ministério Público em Londrina, Paulo Tavares, que recebeu a denúncia da estudante e de outros três jovens, afirmou não acreditar na participação deles em qualquer ato de depredação ou de enfrentamento contra os policiais.

Para a senadora, não se pode conviver com esse tipo de situação em plena democracia. “Não podemos achar que é normal bater em servidores, bater em estudantes porque estão participando de reivindicações”, disse.

Como Gleisi não faz parte da comissão, o requerimento foi apresentado pelo presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS). A relatoria ficou a cargo da senadora Ângela Portela (PT-RR), que imediatamente apresentou voto favorável ao pedido por uma diligência para acompanhar as denúncias.

Carlos Mota

Leia mais:

Richa deveria, no mínimo, reconhecer seus erros, avalia Gleisi Hoffmann

Professores comparam repressão tucana à da ditadura

To top