A reestruturação das políticas públicas promovida pelo governo Lula desde janeiro deste ano, em especial a retomada do Bolsa Família, tem sido responsável pela mudança de patamar do Brasil no cuidado com as camadas mais vulneráveis da sociedade. O novo programa, com valores maiores e novos adicionais, foi responsável pela retirada de 43 milhões de pessoas da linha da pobreza até junho.
“O objetivo é tirar novamente o Brasil do Mapa da Fome e da Insegurança Alimentar, mas também reduzir a pobreza. Somente agora, com o novo Bolsa Família, nós já comemoramos 18,5 milhões de famílias, 43,5 milhões de pessoas, que elevaram a renda este ano e que estão acima da linha da pobreza”, destacou o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
A Bahia foi o estado com maior número de famílias (2,26 milhões) que ultrapassaram essa faixa de renda, seguida por São Paulo, com 2,25 milhões de famílias fora da linha da pobreza; Rio de Janeiro (1,63 milhão); Pernambuco (1,48 milhão); e Minas Gerais (1,38 milhão).
O senador Paulo Paim (PT-RS) enfatiza a importância da retomada do programa Bolsa Família no processo de reconstrução da vida nacional e como um dos pilares fundamentais para o combate à fome no Brasil.
“O governo Lula está no caminho certo. Estamos revertendo o cenário de fome, miséria, pobreza e insegurança alimentar. Há um esforço conjunto dos ministérios na implementação de políticas públicas eficazes que promovam a inclusão social, a dignidade da pessoa humana, o desenvolvimento sustentável, o crescimento da agricultura familiar”, disse Paulo Paim, presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado.
Fome e insegurança alimentar aumentaram com Bolsonaro
Nesta quarta-feira (12/7), o relatório “O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (Sofi)” da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mostra uma piora dos indicadores de fome e insegurança alimentar no Brasil nos últimos três anos, no governo Bolsonaro.
Um total de 70,3 milhões de brasileiros foram considerados em estado de insegurança alimentar entre os anos de 2020 e 2022, durante a gestão anterior.
A prevalência de insegurança alimentar severa no Brasil passou de 1,9% da população brasileira, entre 2014 e 2016, para 9,9%, de 2020 a 2022. Isso significou um salto de 4 milhões para 21 milhões de pessoas nesse período.
A taxa de insegurança alimentar moderada no total da população foi ainda maior: passou de 18,3% para 32,8%.
“Se alguém tinha dúvida, o relatório da FAO deixa claro o que já vemos nas ruas e em cada canto do país. Nos últimos três anos do governo Bolsonaro, o Brasil retornou ao Mapa da Fome. Uma posição vergonhosa, que fere à morte a dignidade dos brasileiros”, disse o ministro. “O presidente Lula já fez isso antes, e estamos trabalhando fortemente e em várias frentes para reverter essa situação o mais rápido possível. Porque quem tem fome tem pressa.”
Plano Brasil Sem Fome
Em breve, de acordo com o ministro, será lançado o Plano Brasil Sem Fome, com o objetivo de reduzir a pobreza e a extrema pobreza.
O Plano Brasil Sem Fome organiza-se em três eixos:
– Acesso à renda, redução da pobreza e promoção da cidadania;
– Segurança Alimentar e Nutricional: alimentação saudável da produção ao consumo;
– Mobilização para o combate à fome.
Metas do Brasil Sem Fome e seus Eixos:
Tirar o Brasil do Mapa da Fome até 2030;
Reduzir a extrema pobreza (a 2,5%) e a pobreza, com inclusão socioeconômica;
Reduzir a insegurança alimentar e nutricional.