Direitos Humanos

Humberto participa de Manifesto pela Dignidade da Infância

Documento pede punição de Bolsonaro pela difamação de meninas de 14 anos vindas da Venezuela
Humberto participa de Manifesto pela Dignidade da Infância

Foto: Sara Costa

O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), participou nesta segunda-feira (24) ao lado de parlamentares de diversos partidos e entidades da sociedade do lançamento do Manifesto pela Dignidade da Infância.

O documento traz um pedido de investigação e responsabilização de Jair Bolsonaro em decorrência do episódio em que ele afirmou ter encontrado adolescentes venezuelanas numa comunidade carente do Distrito Federal e que foi à casa delas depois que “pintou um clima”.

“Houve um fator desencadeador da retomada dessa discussão que foi o episódio envolvendo o Presidente da República. Mas dentro desse governo e dessa corrente política-ideológica existente hoje no Brasil – extrema-direita – existem diversos casos de banalização da violência contra jovens e crianças. Da banalização do discurso”, disse o senador durante o evento.

Humberto também lembrou que a CDH aprovou, na última semana, convite à ex-ministra da Cidadania, Damares Alves, por ter promovido, segundo ele, “uma notícia escabrosa”, referindo-se a denúncia relacionada a crianças da Ilha do Marajó, no Pará.

“[A denúncia é] muito mais reveladora da personalidade pervertida dela do que um fato concreto. De um lado tem aqueles que praticam [violência contra crianças e adolescentes]. E do outro temos aqueles que propagam mentiras sobre o tema”, explicou o senador. “Também aprovamos requerimento ao Ministério da Justiça para que garantisse a segurança daquelas jovens venezuelanas”, completou Humberto.

Além dos parlamentares, o documento é assinado pelo Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes e pela Coalizão Brasileira pelo fim da Violência contra Crianças e Adolescentes.

“É inaceitável a postura do presidente da República e seus apoiadores(as) próximos(as) que violam a Doutrina de Proteção Integral e promovem uma verdadeira banalização da violência contra crianças e adolescentes, inclusive procurando-as para pressioná-las. Por isso, exigimos a imediata investigação e responsabilização”, diz trecho do Manifesto.

Coordenadora da Frente Parlamentar de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente no Congresso, a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) disse que o caso envolvendo Bolsonaro não pode ser esquecido.

“O que nós observamos no atual governo, é o desrespeito contra a infância, o tratamento vexatório e degradante contra meninas, como na situação recentemente tornada pública nas palavras do próprio atual presidente, além do desmonte de políticas públicas voltadas a proteção das crianças e adolescentes”, criticou a deputada.

“O Brasil precisa superar rapidamente esse momento para que possamos ter uma sociedade que, efetivamente, respeite os direitos humanos, os direitos das mulheres, das crianças e combata esse tipo de agressão que tem se tornado comum e permanente”, finalizou o senador Humberto.

 

Leia a íntegra do Manifesto

To top