IBGE: Empregos formais crescem 65,7% em dez anos

IBGE: Empregos formais crescem 65,7% em dez anos

O total de empregados passou de 28,6 milhões para 47,4 milhões entre 2002 e 2012.

Em 2012, a construção civil tinha 2,8 milhões de
trabalhadores com carteira assinada, o que
representou avanço de 155% frente a 2002
(bestemprego.com.br)

Cada vez mais fechados no que parece ser um universo paralelo, os pessimistas de plantão seguem alardeando um caos econômico para o Brasil que os números insistem em desmentir. Qualquer economista com um mínimo de isenção sabe que um dos índices mais representativos para se avaliar um País é o nível de emprego. Assim, fica complicado aceitar que estejamos à beira do precipício, como afirmam os neoliberais.

Nesta sexta-feira (29), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2013. Entre os melhores dados está o crescimento de empregos formais: nada menos que 65,7% no período 2002-2012.  O total de empregados passou de 28,6 milhões para 47,4 milhões no período. Não é um índice que se possa desconsiderar.

Em termos absolutos, o setor de serviços continua a ser o que mais reúne empregos formais, com 16,1 milhões, alta de 78% frente a 2002. Já a construção civil foi o segmento que mais gerou postos formais de trabalho, demonstrando o crescimento vertiginoso do setor. Em 2012, a construção civil tinha 2,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o que representou avanço de 155% frente a 2002.

56,9% dos ocupados são formalizados
Entre 2002 e 2012 a proporção de trabalhadores ocupados em trabalhos formais subiu de 44,6% para 56,9%. Tal crescimento significa o aumento da cobertura por uma série de benefícios. Estão entre os formalizados aqueles que têm carteira assinada, os militares e funcionários públicos e os conta-própria e empregadores que contribuem para a Previdência.

O indicador de formalização apresentou variações significativas nas regiões Sul (de 49,6% em 2002 para 65,6% em 2012) e Centro-Oeste (de 44,3% para 60,8%). A menor variação ocorreu na região Norte, de 33,9% para 38,7%. Essa expansão da formalização também foi evidenciada na região Nordeste, cuja taxa passou de 26,7% para 38,6%. Na região Sudeste, a taxa passou de 55,1% para 66,9%. O estado do Maranhão registrou 74,5% de ocupados em trabalhos informais, enquanto Santa Catarina e o Distrito Federal possuem apenas 26,9% de seus trabalhadores nestas condições.

A informalidade ainda abrange percentual significativo da força de trabalho brasileira (43,1% em 2012). Os jovens de 16 a 24 anos e os idosos de 60 anos ou mais apresentam os maiores percentuais de trabalhadores na informalidade, cujas taxas em 2012 são 46,9% e 70,8%, respectivamente. Entretanto, a redução da informalidade entre os jovens, de 62,1% em 2002 para 46,9% em 2012, foi proporcionalmente superior à queda observada no Brasil (de 55,4% para 43,1%).

Menos postos precários
No período 2002-2012, o IBGE observou aumento significativo da proporção de trabalhadores em empregos formais, que passou de 45% para 57%. De acordo com o estudo, em 2002 havia maior concentração em posições mais precárias como empregados sem carteira, trabalhadores domésticos, por conta própria, na construção e na produção para o próprio uso e não remunerados, que totalizavam 59% da população ocupada. Em 2012 esse percentual caiu para 49%.

“Dentre os fatores que contribuíram para esse resultado, pode-se citar a retomada do crescimento econômico, o aumento da renda real, a redução do desemprego, a política da valorização do salário mínimo e a política de incentivo à formalização, como, por exemplo, a criação do Simples Nacional”, afirma a equipe técnica do IBGE no estudo.

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Giselle Chassot com informações do IBGE

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