O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que inscreve no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria o nome de Maria Beatriz Nascimento. A Lei 14.712/2023 foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (31/10).
O autor do projeto que resultou na nova lei, senador Paulo Paim (PT-RS), celebrou com “grande alegria” a sanção presidencial nas redes sociais. “Sua trajetória de vida e de superação a torna uma inspiração e referência para todas as mulheres negras”, disse o senador em referência a trajetória de Maria Beatriz Nascimento.
Trajetória
Junto a outros militantes do movimento negro, Maria Beatriz Nascimento fundou em 1981 o Grupo de Trabalho André Rebouças, na Universidade Federal Fluminense (UFF), quando concluiu pós-graduação em história.
Ela nasceu em Aracaju em 1942, filha de um pedreiro e de uma dona de casa, junto a uma família com nove irmãos. Em 1949, a família se mudou para a periferia do Rio de Janeiro. Apesar das dificuldades, Maria Beatriz priorizava os estudos e conseguiu formar-se em história pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1971.
A líder feminista chegou a iniciar um mestrado na Faculdade de Comunicação Social da UFRJ em 1994, sob a orientação do sociólogo e jornalista Muniz Sodré. Mas não pôde concluí-lo, pois foi assassinada em janeiro de 1995 pelo companheiro de uma amiga. Maria Beatriz a havia aconselhado a terminar o relacionamento em razão das violências domésticas que sofria. Foi sepultada no cemitério São João Batista, no Rio, com a presença de militantes do movimento negro brasileiro.
Com informações da Agência Senado