Mercado de Trabalho

Luta de entregadores por melhores condições é justa, destacam senadores

Parlamentares do PT apoiam manifestação da categoria contra condições precárias de trabalho. Senado já discute o tema e busca soluções

Agência Brasil

Luta de entregadores por melhores condições é justa, destacam senadores

Entregadores pedem melhor remuneração e condições de trabalho dignas

Entregadores de todas as regiões do país iniciaram nessa segunda-feira (31/3) um breque nacional de dois dias por melhor remuneração e condições decentes de trabalho. A greve demanda, por exemplo, que a taxa mínima por corrida seja de R$ 10.

Além da taxa mínima, os entregadores reivindicam o aumento da remuneração de R$ 1,50 para R$ 2,50 a cada quilômetro rodado; o limite de um raio de 3 quilômetros para entregas feitas em bicicleta; e o pagamento integral por corrida mesmo quando pedidos são agrupados na mesma rota.

Para o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), a luta dos entregadores por aplicativo é a busca por algo básico: dignidade.

“Esses cidadãos trabalham sob sol e chuva, arriscam a vida no trânsito e, ainda assim, enfrentam remuneração injusta e condições precárias. E uma forma válida de conquistarem direitos e respeito é mostrando sua força coletiva. A greve é justa e necessária. Apoio a mobilização da categoria e reforço a necessidade de uma regulamentação que garanta melhores condições de trabalho e renda”, disse Rogério.

O senador Humberto Costa (PE), presidente nacional do PT, se manifestou pelas redes sociais. De acordo com Humberto, é “nosso dever, enquanto Partido dos Trabalhadores, entender esse momento da nova sociedade e buscar soluções junto com o governo Lula para garantir direitos e conquistas” para esses trabalhadores.

“É justa a sua reivindicação para que empresas do segmento de mobilidade e tecnologia ofereçam melhores condições de trabalho e renda, foco de ações do nosso governo. A classe trabalhadora deve se mobilizar para conquistar seu espaço e garantir qualidade de vida”, afirmou Humberto.

Já o senador Paulo Paim (PT-RS), além de demonstrar apoio às reivindicações da categoria, lembrou que o tema está em discussão no Senado por meio do debate do Estatuto do Trabalho (SUG 12/2018). Chamado por Paim de “Nova CLT”, a medida aguarda análise da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), sob relatoria do senador gaúcho.

“Nosso apoio aos entregadores de aplicativo que estão em greve em todo o país. Suas reivindicações, como melhores condições de trabalho e remuneração digna, entre outras, são justas. Esse tema é um dos pontos em debate no Estatuto do Trabalho”, destacou Paim.

To top