Relações Exteriores

Mauro Vieira: com Lula, o Brasil foi ao mundo; agora o mundo vem ao Brasil por oportunidades 

Ministro das Relações Exteriores destaca frutos colhidos pelo Brasil após viagens do presidente Lula para fortalecimento de relações com parceiros estratégicos do país. Somente em 2023, o Brasil abriu 78 novos mercados para produtos agropecuários em 39 países

Alessandro Dantas

Mauro Vieira: com Lula, o Brasil foi ao mundo; agora o mundo vem ao Brasil por oportunidades 

Chanceler destacou importância da retomada das relações com importantes parceiros do Brasil

O primeiro ano da política externa do governo Lula foi concluído com êxito e resultados concretos, consolidando o reposicionamento do Brasil no mundo. A avaliação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, nesta quinta-feira (14/3), na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado.  

De acordo com o ministro, ao longo do ano passado, foram mantidas mais de 200 interações por parte do presidente Lula, e pelo próprio chanceler, como participações em cúpulas, reuniões bilaterais, visitas realizadas e videoconferências.

“Dedicamos especial atenção ao relançamento de contatos com nossos principais parceiros. Nosso ponto de partida foi a nossa própria região, em linha com o mandamento constitucional de integração latino-americana. O Brasil revitalizou a parceria com nossos sócios estratégicos do Mercosul, regressou à Celac, lançou nova agenda de cooperação e integração na América do Sul”, elencou o ministro. 

Além disso, Mauro Vieira destacou o fato de o presidente Lula ter sido convidado para grandes eventos internacionais, como a reunião do G7, em Hiroshima. O presidente Lula foi o único chefe de Estado brasileiro convidado a participar de todas as reuniões do G7 durante seus dois primeiros mandatos. Além de ter participado da reunião em Hiroshima, Vieira destacou que o presidente brasileiro foi novamente convidado para a reunião deste ano, que ocorrerá na Itália. 

“O G7 é um grupo de países com o qual mantemos importante intercâmbio político, e intercâmbio comercial de aproximadamente U$ 140 bilhões”, destacou o ministro. A avaliação de Vieira demonstra, com didatismo, que os ataques da ultradireita às viagens do presidente não passam de golpes baixos ideológicos, tentando confundir a população brasileira sobre os efeitos concretos do esforço para tirar o Brasil da posição de pária internacional onde o desgoverno Bolsonaro nos colocou.

Importância do fortalecimento da relação com a China e a União Europeia 

Tratado com desdém e preconceito na gestão de Bolsonaro, o maior parceiro comercial do Brasil voltou a receber o devido respeito da diplomacia brasileira no governo Lula.

O Brasil deu um novo impulso a laços com países não ligados aos blocos hegemônicos tradicionais, segundo Mauro Vieira, em especial com a China. 

“A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. Em 2023, a corrente do comércio [entre os dois países] registrou recorde de praticamente U$ 158 bilhões. O superávit comercial para o Brasil atingiu recorde de U$ 51 bilhões. Isso representa metade do superávit total do Brasil no ano passado”, enfatizou o chanceler. 

Já sobre o relacionamento do Brasil com a União Europeia, o ministro relatou que, durante a passagem do Brasil pela presidência do Mercosul, ocorreram importantes avanços no acordo de associação entre os dois blocos comerciais.  

“O que demonstra o engajamento do Brasil e dos sócios do Mercosul nas relações com a União Europeia. Seguimos comprometidos com a conclusão desse importante acordo, que poderá ocorrer no segundo semestre deste ano”, disse o ministro. 

Abertura de novos mercados agropecuários 

Graças ao trabalho do Ministério de Relações Exteriores, em conjunto com o Ministério da Agricultura e Pecuária, foi possível já no primeiro ano da nova administração a abertura de 78 novos mercados para produtos agropecuários em 39 países.  

Nesses primeiros meses de 2024, o chanceler relatou que o governo Lula já conseguiu abrir mais 18 mercados em 13 países. Esse esforço, segundo ele, tem sido fundamental para a geração de emprego e renda no Brasil. 

“Esse périplo do presidente [Lula] abriu novas oportunidades de aprofundamento de nossas relações na seara política e, em especial, em termos de comércio e investimento”, disse. 

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