A forma como o Brasil passou a ser visto no cenário internacional mudou radicalmente após o início do terceiro mandato do presidente Lula. E as provas dessa mudança de percepção com relação à mudança, principalmente, na condução econômica do país se avolumam. Um mês após a agência de risco Standard & Poor’s revisar a perspectiva na nota de crédito do Brasil, a agência Fitch Rating elevou, nesta quarta-feira (26/7), a nota brasileira de BB- para BB.
De acordo com comunicado da agência, a elevação dos ratings do Brasil reflete o desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais.
“As notas que as agências de classificação de risco estão dando ao Brasil são um reconhecimento de que a nossa economia está no rumo certo, com um desempenho melhor do que o esperado inicialmente. Vamos continuar com essa política econômica e, certamente, veremos a confiança dos investidores aumentar”, avalia a senadora Teresa Leitão (PT-PE), vice-líder do PT no Senado.
O líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), classificou a decisão da Fitch como “mais uma excelente notícia para a economia brasileira”.
“A agência lembrou ainda que o presidente Lula garante a governabilidade e avança na agenda política. É isso. Política não se faz com bravatas, e sim com grandes líderes. Ganha o brasileiro e todos que torcem pelo país”, enfatiza Contarato, lembrando que a elevação da nota de crédito deixa o Brasil cada dia mais perto de voltar a ter o selo de bom pagador de dívida.
A melhoria na avaliação do país, por parte da Fitch, “é o Brasil recuperando a credibilidade”, resumiu o senador Humberto Costa (PT-PE).
O ministro da Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente, Geraldo Alckmin, também destacou a mudança de avaliação do Brasil e afirmou que a mudança se deu em razão do “desempenho econômico do país e o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal”.
Harmonia entre poderes favorece melhoria econômica
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse na manhã de hoje que a harmonia entre os poderes da República é a saída para que o Brasil volte a ter o grau de investimento. O grau de investimento é um selo de qualidade que assegura aos investidores um menor risco de calotes.
“Eu reputo esses resultados à harmonia entre os poderes. Sempre salientei, e considerava, que a chamada crise econômica que o Brasil vive é um desdobramento de uma crise política. E, se nós acertarmos o passo na política, no diálogo, na construção, nós vamos superar essa situação e voltar a crescer”, declarou. “Fico muito feliz de em seis meses de trabalho já ter conseguido sinalizar para o mundo que o Brasil é o país das oportunidades, da geração de bem-estar, de emprego e renda”, emendou Haddad.
O ministro ainda agradeceu ao Congrrsso Nacional pelo apoio, que permitiu a aprovação da proposta de reforma tributária, na Câmara dos Deputados, no primeiro semestre. O texto, segundo Haddad, é a “principal reforma em curso, mas não a única”.
“Junto com o orçamento, vamos enviar [ao Congresso] um conjunto de medidas que venha garantir o equilíbrio orçamentário de 2024. Medidas que recuperam a base fiscal do Estado, perdida nos últimos dez anos. Essas propostas são fundamentais para que esses resultados continuem acontecendo. Temos tudo para vencer esse jogo, mas tem muito trabalho pela frente”, apontou.