Integrante do Brasil sem Miséria programa que reúne vocações municipais é alvo de reportagem do Valor.
O jornal Valor Econômico, desta quarta-feira (19), destaca o resultado positivo de um programa, que talvez, seja desconhecimento da maior parte da população das grandes cidades, mas tem se tornado vital para a economia dos pequenos municípios, particularmente o das regiões mais pobres do Brasil.
O programa “Rotas da Integração”, do Ministério da Integração Nacional, criado em 2005, faz parte de um plano ainda maior – o Brasil Sem Miséria, reconhecidamente um dos mais exitosos do mundo – de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e já beneficiou mais de 84 mil famílias em todo o País.
Destinado a pequenos agricultores, o Rotas da Integração lida ainda com outro instrumento importante – os APP, ou Arranjos Produtivos Locais, que reúnem as atividades econômicas complementares dos municípios, explorando diferentes vocações econômicas, ou ainda nos acordos assinados entre prefeituras para necessidades comuns. A manutenção de estradas vicinais é um exemplo comum: uma cidade entre com a motoniveladora, enquanto outra entra com caminhões para transporte do entulho, por exemplo.
Já o caso das Rotas de Integração Nacional, o que se promove são redes de Arranjos Produtivos Locais (APL) territorialmente e setorialmente interligados, com o objetivo é promover a inclusão produtiva e a integração econômica das regiões menos desenvolvidas do País aos mercados nacionais e internacionais de produção, consumo e investimento.
Com a soma das especialidades, uma das orientações mestras do programa, fomenta-se a sinergia e a ação convergente das agências de fomento para o surgimento de outros benefícios, como a inovação, a diferenciação, a competitividade e a lucratividade dos empreendimentos associados.
O programa é composto pelas Rotas do Cordeiro, do Mel, do Peixe, das Frutas, da Mandioca, Palma Forrageira e da Economia Criativa. A proposta principal do programa é capacitar os produtores e fornecer itens como kits produtivos, animais, mudas, além de unidades produtivas de caráter coletivo. Segundo cálculos do Ministério da Integração, a renda do produtor beneficiado pelo programa pode subir até 30%.
Pelo programa, também podem ser apoiadas questões transversais, associadas à dotação de infraestrutura (energia, transportes e telecomunicações), mecanismos de financiamento (fundos regionais e incentivos fiscais) e fortalecimento do capital social (associativismo e cooperativismo).
Confira as ações desenvolvidas a partir das Rotas de Integração Nacional
Bom resultado
De acordo com a reportagem do Valor, o programa desembolsou R$ 192 milhões em 2013, superando em 13% o valor de R$ 169 milhões previstos para o período.
Os recursos foram disponibilizados em forma de repasses diretos para investimento em estruturação produtiva e interligação econômica das regiões menos desenvolvidas do Brasil. Durante todo o ano passado, mais de 78 mil famílias foram beneficiadas, de acordo com o ministério.
Alguns exemplos de medidas do programa, de acordo com o jornal, foram a estruturação de centrais de distribuição e de comercialização, pavimentação de estradas vicinais, aquisição de insumos e equipamentos para apoio a atividades agrícolas.
Também receberam apoio projetos em cadeias produtivas não prioritárias, como a reinserção da erva-mate no Mato Grosso do Sul e a implantação de Unidades de Produção Agroecológica (UPA) em municípios do Vale do Jequitinhonha e do norte de Minas.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração, Adriana Alves, os empreendimentos de cada rota recebem investimentos em todos os segmentos da cadeia produtiva, levando em conta as realidades e o potencial de cada região.
“É missão nossa atuar em prol da redução das desigualdades das regiões. O projeto é um instrumento de ação integrada que aposta no potencial das atividades locais já estabelecidas para o desenvolvimento da região na qual ele se encontra, dando prioridade às regiões mais pobres”, afirma.
Com informações do jornal Valor Econômico e do Ministério da Integração Nacional
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