Governo Lula

O Brasil apoia e aplaude a seleção de futebol feminino

Este é apenas o início de uma trajetória de valorização das mulheres no esporte, escrevem as ministras Ana Moser (Esporte), Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Cida Gonçalves (Mulheres) à Folha de S.Paulo

Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Brasil apoia e aplaude a seleção de futebol feminino

Seleção Feminina de Futebol

Por Ana Moser, Esther Dweck e Cida Gonçalves

Nesta semana o Brasil assistiu a uma decisão inédita do governo federal, que instituiu a alteração de expediente no serviço público em dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo de futebol feminino, que começou nesta quinta-feira (20) na Austrália e Nova Zelândia. Essa medida, tradicionalmente adotada na Copa do Mundo de futebol masculino, inaugura uma nova era de valorização e visibilização do futebol feminino no Brasil, uma modalidade que sempre padeceu da falta de apoio e incentivo em nosso país.

A alteração de horário de expediente em dias de jogos da seleção feminina de futebol, além de caminhar na direção da promoção da equidade de gênero no esporte e na sociedade brasileira, demonstra o compromisso do governo com a valorização do esporte feminino. O tratamento igualitário às modalidades esportivas femininas e masculinas naturaliza em nossa sociedade a percepção de que o esporte pertence a todas as pessoas, independentemente de gênero.

Assegurar a presença de mulheres em ambientes tradicionalmente ocupados por homens, como no futebol, é transformador e uma iniciativa cujos impactos positivos influenciarão as novas gerações. Ação similar é realizada com programas e projetos voltados para a inclusão de meninas nos diferentes campos da ciência, também anunciados este ano pelo governo federal. A representatividade traz às mulheres o direito de sonhar —e realizar.

A alteração de horário de expediente para servidores públicos federais não se limita a permitir que apenas essa categoria possa torcer por nossa seleção, mas pretende induzir os estados e municípios, além das empresas privadas, a adotarem medidas semelhantes em relação a seus servidores e empregados. Dizer “sim” à alteração de horário é voltar os olhares para o futebol praticado por mulheres por algumas horas do dia e vai inserir o futebol feminino no cotidiano das famílias brasileiras, que poderão acompanhar os jogos enquanto tomam café da manhã reunidas ou que os amigos se juntem para assistir às partidas enquanto comem um pão na chapa na padaria da esquina.

Essa medida vai ao encontro da Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, instituída pelo decreto 11.458, assinado pelo presidente Lula em 20 de março de 2023. A regulamentação objetiva promover e valorizar a prática do futebol por mulheres e meninas em todos os níveis, da formação esportiva ao alto rendimento.

O movimento que estamos iniciando no governo federal deverá inspirar novas gerações de jovens mulheres a se envolverem no futebol, seja como atletas, técnicas, árbitras ou dirigentes. Em consonância com esse movimento, o Brasil está na disputa para ser país-sede da Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027, e será o primeiro país latino-americano a sediar o torneio em caso de sucesso da candidatura.

Acreditamos que este é apenas o início de uma trajetória contínua de valorização e empoderamento das mulheres no esporte, rumo a um futuro mais igualitário e inclusivo.

O Brasil só continuará a ser o país do futebol à medida que for também o país do futebol feminino, e essa é uma construção que depende do esforço e sensibilidade de todas e todos.

Veremos o Brasil todo por todas!

Ana Moser, Ministra do Esporte
Esther Dweck, Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos
Cida Gonçalves, Ministra das Mulheres

(Artigo publicado na Folha de S.Paulo em 21/7/2023)

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