“Inacreditável”. Foi asssim que o senador Paulo Paim (PT-RS) classificou, nessa quarta-feira (19), o corte de R$ 1 bilhão determinado pela Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 nos recursos destinados às universidades federais. Ele ressaltou que os recursos transferidos este ano às 69 instituições mantidas pela União são 18,16% menores que os do orçamento de 2020. Além disso, o senador destacou que essa verba serve para o custeio de despesas como água, energia, manutenção de infraestrutura e serviços de limpeza.
Paim acrescentou que a falta de dinheiro trará grandes impactos e afetará o combate à pandemia, já que, segundo ele, três universidades desenvolvem pesquisas para obter vacinas contra a covid-19. Ele criticou também a redução de R$ 177 milhões nos recursos para assistência estudantil destinados à permanência de alunos de baixa renda nas universidades, que, segundo o parlamentar, beneficia mais da metade dos alunos matriculados.
O senador disse que “é inaceitável o que está acontecendo”. Neste momento, ressaltou, deveria ser reforçado o orçamento da educação, e não o contrário. Em sua opinião, a situação é tão grave que algumas instituições estão correndo sérios riscos de parar suas atividades por falta de dinheiro.
“Precisamos investir mais no ensino superior, no técnico, no fundamental e médio. A educação é tudo. A educação é que liberta o povo. O impacto que ela proporciona na vida das pessoas e do país é enorme. Ela combate a pobreza, a miséria, promove a redução das desigualdades sociais e a redução da concentração de renda. Promove a saúde, o emprego, e contribui para a diminuição da violência. É fator decisivo na preservação do meio ambiente e no fortalecimento da democracia. Paulo Freire dizia que a educação é um grande ato de amor e de coragem. É disso que precisamos”, declarou Paim.