Paim reitera que projeto da terceirização retira direito dos trabalhadores

Paim reitera que projeto da terceirização retira direito dos trabalhadores

Paim: “Eu fico tranquilo, pois o movimento contra esse projeto a cada dia se fortalece”O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou, em plenário nessa quarta-feira (21), que o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 30/20015 – conhecido como PL da Terceirização – não deve ser votado com pressa, mas com tranquilidade. Paim relatou, em seu pronunciamento, que tem sofrido pressões e sendo cobrado para que ele apresente seu relatório ao projeto. Apesar disso, o senador disse que essa é uma matéria que não ser votada de maneira açodada.

Aqueles que querem votar com pressa o querem para tirar direitos dos trabalhadores”, disse.

O projeto amplia as possibilidades de terceirização da mão-de-obra. A matéria está na Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional e faz parte da Agenda Brasil – pauta apresentada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, com o objetivo de incentivar a retomada do crescimento econômico do país. “O projeto é uma ameaça terrível aos direitos dos trabalhadores”, declarou.

Para o senador, o projeto é um retrocesso nas relações entre o empregado e o patrão. Ele afirmou que de cada dez empresas envolvidas em trabalho escravo ou análogo à escravidão, nove são de empresas terceirizadas. A cada cinco mortes no trabalho, quatro são de trabalhadores terceirizados.

Segundo Paim, muitos ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST) são contrários ao projeto. Ele disse que já discutiu a proposta em várias audiências nas assembleias legislativas de 17 estados, entre as quais Bahia, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Ceará, Paraíba e São Paulo. Em todas as audiências, informou Paim, foi elaborada uma carta com críticas ao projeto.

O senador acrescentou que nesta quinta-feira (22) vai tratar do tema em Rondônia e, no dia seguinte, no Acre. A sequência de audiências sobre o tema vai até maio do ano que vem.

“Ouvindo a todos, vamos construindo nossa proposta. Eu fico tranquilo, pois o movimento contra esse projeto a cada dia se fortalece”, afirmou.

Com informações da Agência Senado

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