A crise política no Paraguai, após a deposição do presidente Fernando Lugo, será tema de debate com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, previsto para 11 de julho, na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado.
Durante debate sobre a vinda de Patriota, realizado na CRE, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que existe uma “grande diferença” entre o afastamento de Lugo e o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992. Há 20 anos, recordou, houve um longo processo de apuração de irregularidades no governo brasileiro, com garantia de defesa ao então presidente da República. Collor (PTB-AL), que também sofreu impeachment, havia dito que a Constituição do país vizinho prevê a realização de um julgamento político do presidente por mau exercício de suas funções. E lembrou que a Suprema Corte paraguaia rejeitou ação de inconstitucionalidade movida por Lugo contra o afastamento.
A Bancada do PT no Senado divulgou na semana passada, antes da votação do impeachment, nota em que apelava por uma saída democrática e pacífica para o conflito político instalado no país sul-americano a partir da decisão do Legislativo local de deflagrar, em rito sumário, um processo de impeachment do presidente Fernando Lugo. Diante dos fatos ocorridos, duas moções também foram apresentadas pelo líder do PT, Walter Pinheiro (BA) e o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) em repúdio ao golpe. Para os senadores petistas, a Unasul deveria suspender as prerrogativas e dos direitos políticos do Paraguai, até que a ordem democrática seja restabelecida.
Com informações da Agência Senado
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