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Paulo Paim acompanhará resultados das ações afirmativas do Ministério da Cultura 

Para o senador, em um país atravessado pelo racismo estrutural é preciso garantir que pessoas historicamente excluídas possam acessar políticas públicas da cultura

Alessandro Dantas

Paulo Paim acompanhará resultados das ações afirmativas do Ministério da Cultura 

Paulo Paim acompanhará implementação de políticas afirmativas do Ministério da Cultura

A Comissão de Educação e Cultura (CE) do Senado designou nesta terça-feira (9/4) o senador Paulo Paim (PT-RS) como relator da política pública a ser avaliada pelo colegiado neste ano: as cotas étnico-raciais nos programas e ações do Ministério da Cultura.  

De acordo com o senador, o Brasil vive um momento especial de reconstrução do Ministério da Cultura, resgate das políticas públicas de cultura e aprovação do marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC). 

Além disso, o próprio Ministério da Cultura promoveu o lançamento de diversos editais que buscam dar condições para que fazedores e fazedoras de cultura, nos mais diversos recantos do país, possam desenvolver seus projetos culturais. Por isso, o senador defende o acompanhamento dos resultados promovidos por tais ações.  

“Em um país atravessado pelo racismo estrutural, faz-se necessário construir políticas afirmativas para assegurar que as pessoas negras – historicamente excluídas dos espaços de enriquecimento científico e cultural – também possam acessar as políticas públicas de cultura e os editais do Ministério da Cultura”, argumentou Paulo Paim. 

No fim do ano passado, por exemplo, o Ministério da Cultura estabeleceu regras para a implementação de ações afirmativas e acessibilidade na Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). 

A medida beneficia mulheres, pessoas negras, povos indígenas, comunidades tradicionais, população LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, pessoas idosas, pessoas em situação de rua, e outros grupos vulnerabilizados socialmente. 

Os mecanismos de estímulo à participação dessas populações serão implementados por meio de políticas de cotas, bonificações ou critérios diferenciados de pontuação, realização de ações formativas para especializar e profissionalizar agentes culturais pertencentes aos referidos grupos, políticas de acessibilidade, entre outros. 

Com relação à Política de Cotas, ficam reservadas 25% das vagas para pessoas negras (pretas ou pardas); 10% para pessoas indígenas; e 5% para pessoas com deficiência. O percentual pode ser ampliado considerando legislações locais mais benéficas ao público-alvo da ação afirmativa e o quantitativo de pessoas negras, indígenas e pessoas com deficiência na região. 

A ação ministerial ainda traz medidas para promover a desconcentração territorial e regionalização dos recursos, com vistas à implementação do percentual de 20% em ações de incentivo direto a programas, projetos e ações de democratização do acesso à fruição e à produção artística e cultural em áreas periféricas, urbanas e rurais. E em territórios e regiões de maior vulnerabilidade econômica ou social, bem como em áreas de povos e comunidades tradicionais.

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