País à deriva

Governo acirra ânimos ao invés de propor soluções para o Brasil

Paulo Rocha cobra maturidade do parlamento e critica governo por falta de propostas para geração de empregos e crescimento econômico
Governo acirra ânimos ao invés de propor soluções para o Brasil

Foto: Alessandro Dantas

Após ser adiada a votação da medida provisória que dificulta acesso a benefícios do INSS, o senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou que a decisão assegura o processo democrático no Brasil. A proposta havia chegado ao Senado apenas quinta-feira (29) à noite, sem tempo hábil para os parlamentares analisarem o texto aprovado na Câmara dos Deputados.

“O encaminhamento que se deu hoje nessa questão [da MP 871] é de quem tem responsabilidade com o país e de quem tem responsabilidade com a democracia”, disse Paulo Rocha, em discurso ao plenário.

A proposta adiada é a MP 871 altera regras na concessão de auxílio-reclusão, pensão por morte e aposentadoria rural, além de revisar benefícios e processos com suspeitas de irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O texto deveria ter sido votado nesta quinta-feira (30), mas o Senado adiou a decisão sobre a matéria para segunda-feira (3) – último dia de validade da medida.

Outra proposta importante que perde a validade na segunda é a MP 867, que altera o Código Florestal. Na noite de ontem, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), anunciou que não colocaria a matéria para votação, minutos após a Câmara aprovar o texto.

Paulo Rocha avalia que esses erros de estratégia mostram um governo “batendo cabeça”, algo “péssimo para o Brasil”. Ainda de acordo com o senador, o governo acirra ânimos ao invés de propor soluções para a crise.

“Ainda mais em um país em crise econômica, o governo não pode acirrar a crise política, como nós estamos vendo. Inclusive com algumas posições que beiram à irresponsabilidade, como o próprio presidente da República mobilizando setores da sociedade, colocando um contra o outro”, disse.

Confira a íntegra da matéria

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