nova direção

Petrobras deve conhecer novos diretores nesta semana

Jean Paul Prates valoriza transição energética e diz que empresa é a locomotiva do desenvolvimento do Brasil
Petrobras deve conhecer novos diretores nesta semana

Foto: Alessandro Dantas

Numa rápida entrevista na manhã desta segunda-feira (30), no Rio de Janeiro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que nos próximos dias vai apresentar os novos diretores indicados. Depois de passar pelo conselho de administração, os nomes devem ser aprovados em Assembleia Geral de Acionistas.

“Estão praticamente definidos, tem uma ou outra dúvida ainda, mas de hoje para amanhã eu devo definir e essa semana a gente resolve isso”, explicou. Jean Paul Prates também confirmou que, após processo interno na companhia, a Petrobras deve ganhar uma nova diretoria, voltada à transição energética.

O ritual de mudança na estatal também inclui a indicação dos cinco novos conselheiros representantes do governo. Jean Paul Prates afirmou que esses nomes estão em processo de escolha em conjunto com o Planalto e que podem ser apresentados junto com a nominata da diretoria. “A gente vai tentar trazer tudo junto”, disse o presidente.

Além dos assentos de governo, a Petrobras tem quatro conselheiros de acionistas minoritários e outro que representa os funcionários.

Discurso inicial
Depois de tomar posse na Presidência da Petrobras, na última quinta-feira (26), Jean Paul Prates divulgou um vídeo em que se apresenta aos trabalhadores da empresa, fala de sua emoção “em fazer parte desse time” e projeta os desafios do setor, em especial o papel de impulsionar a mudança na matriz energética.

Além de valorizar os empregados, Jean Paul Prates destacou como maior missão fazer com que a empresa retome o perfil de indutora do desenvolvimento nacional. E, como em outras ocasiões, defendeu os investimentos no parque de refino da empresa e na busca por novas plantas, mas sempre de forma sustentável.

“E é pra isso que trabalharemos, para que a Petrobras siga sua jornada na indústria de petróleo e gás, mas também trilhe novos caminhos, perseguindo a descarbonização, acelerando a diversificação rentável e a transição energética justa”, afirmou o presidente, ressaltando que a atuação para mitigar os efeitos das mudanças climáticas é um papel natural da estatal.

Ao falar da vocação da empresa, Jean Paul Prates deixou claro que o objetivo é fazer com que a Petrobras cresça e que, junto, faça o país crescer.

“Porque todos nós sabemos que essa companhia tem um efeito multiplicador na economia brasileira. A indústria do petróleo é intensiva em capital e na geração de empregos, devendo ser uma locomotiva do desenvolvimento do Brasil. Queremos uma Petrobras que se orgulhe de ser grande e de impulsionar todas as regiões e negócios onde atua”, afirmou.

Despedida
A saída de Jean Paul Prates do Senado e sua posse como presidente da Petrobras aconteceram num espaço de pouco mais de 24 horas. Mas deu tempo para homenagens e agradecimentos emocionados. A começar pelo novo líder do PT, Fabiano Contarato (ES).

“A Petrobras voltará a ser o orgulho dos brasileiros sob a gestão competente do querido amigo Jean Paul Prates. Nesses anos de jornada no Senado fui testemunha de sua dedicada atuação em defesa de um Brasil mais forte, indutor de desenvolvimento e com matrizes energéticas competitivas”, afirmou.

Para Humberto Costa (PT-PE), não há dúvidas da competência do ex-colega: “o advogado, economista e especialista no setor de energia, Jean Paul Prates, vai conduzir a empresa para um grande futuro”.

Tocado pelas homenagens, mas também emocionado com a saída do Congresso, Jean Paul Prates fez um resumo de sua atuação no Senado.

“Tive muita satisfação de estar nesse mandato, acho que entreguei muita coisa, muitas realizações do ponto de vista legislativo, marcos regulatórios importantes que farão parte da história do Brasil, o marco das ferrovias, outros que ainda estão em andamento, como o da energia offshore, que vai permitir ingressar mar adentro na exploração de energia, a injeção e armazenamento de captura de CO2, que é muito importante para a descarbonização da economia e a criação de um novo ciclo econômico, e várias leis, mais de uma centena de relatórios de lei […] com responsabilidade, apontando defeitos, mas também assinalando soluções possíveis, como foi no caso das relatorias altamente complexas relacionadas ao setor de combustíveis”, sintetizou o agora ex-senador, acrescentando o esforço bem sucedido de seu mandato, que aumentou entre 50 e 60% os recursos de emendas para obras e melhorias no Rio Grande do Norte.

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