Pimentel busca acordo para viabilizar energia elétrica mais barata

Para o líder do Governo, a decisão de concessionárias de energia de ficar fora do plano de reduzir a tarifa de energia demonstra uma “grande falta de visão estratégica”, já que são estados altamente industrializados.





A decisão dos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais de ficar fora do plano do governo para reduzir as tarifas de energia demonstra uma “grande falta de visão estratégica”, já que são estados altamente industrializados e a medida proposta pela presidenta Dilma tem como um dos objetivos principais reduzir os custos e aumentar a competitividade da indústria nacional. A opinião é do líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE).

Pimentel, porém, ainda trabalha por um acordo que garanta um texto intermediário para o relatório da Medida Provisória 579, que trata da questão, “que permita a redução da tarifa e, ao mesmo tempo, a justa remuneração” dos investidores. “Estamos fazendo um esforço muito grande junto à oposição, particularmente com os três estados—São Paulo, Paraná e Minas Gerais—para que a gente construa um texto intermediário”, afirmou ele nesta quarta-feira (5).

Apesar dos esforços de concertação, Pimentel não teme que as críticas feitas pela presidenta Dilma ao PSDB—partido ao qual pertencem os governadores de São Paulo, Minas e Paraná — possa prejudicar as tentativas de acordo. “A presidenta tem toda razão. A sociedade brasileira, o setor empresarial e, particularmente, a indústria exigem uma redução nos custos da energia elétrica, para que nossa economia continue crescendo”, afirmou o senador.

Ele lembra que, hoje, o preço da energia elétrica no País é “insustentável”. As hidrelétricas antigas, construídas até 1993, para as quais não houve leilão, produzem energia ao preço é de R$ 92 o kilowatt/hora, enquanto as novas, que ainda estão sendo pagas, já conseguem produzir a R$ 80.  “A presidenta é uma das pessoas que mais conhece o setor elétrico brasileiro, foi ministra das Minas e Energia, ajudou a construir o atual desenho. Além disso, ela tem uma forte sintonia com a opinião pública. A sociedade brasileira tem clareza que é preciso reduzir o custo da energia”, destacou Pimentel.

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