Lançado nesta segunda-feira (20/08), o programa de incentivo à indústria de softwares e serviços, o TI Maior, é recebido com entusiasmo pelo líder petista Walter Pinheiro (BA). O senador, conhecido especialista da área de tecnologia, acredita que a nova política é estratégica para impulsionar o crescimento econômico e superar problemas sociais do País. Pinheiro observou que a nova política potencializa a capacidade de formação de pessoal e o desenvolvimento de novas tecnologias, num mercado que, apenas em 2011, faturou US$ 100 bilhões e respondeu por 4,4% do PIB brasileiro.
O TI Maior (Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação) disponibilizará R$ 486 milhões, até 2015, para o desenvolvimento de projetos de Tecnologia e Inovação (TI). Deste total, as startups (pequenas empresas dedicadas à inovação) poderão pleitear R$ 40 milhões. Os recursos dividem-se em linhas de crédito, renúncia fiscal, bolsas de formação, melhorias em infraestrutura e investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Esse cuidado especial com as pequenas empresas foi elogiado por Pinheiro, que destacou a presença marcante de micro e pequenas no mercado de TI nacional. “O mercado brasileiro, segundo estudo do ministério, conta com aproximadamente 8.520 empresas, dedicadas ao desenvolvimento, produção e distribuição de software e à prestação de serviços. Vale destacar a atuação das empresas de desenvolvimento e produção de software, onde 94% são classificadas como micro e pequenas empresas”, lembrou.
Números da produção
Na cerimônia de lançamento do plano, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, ressaltou a posição de destaque que o País ocupa no mercado. Segundo ele, o Brasil é hoje o 7º maior mercado interno do segmento, com conhecimento em nichos específicos; além de possuir uma proximidade cultural e geográfica com mercados-chave e forte relacionamento diplomático e comercial com as economias de crescimento acelerado. “Um dos destaques deste programa é a busca de um maior posicionamento internacional para os produtos e serviços brasileiros. O mercado já projeta para 2020, cifras na ordem de US$ 3 trilhões”, enfatizou Raupp.
O TI Maior está fundamentado em cinco pilares: Desenvolvimento Econômico e Social, Inovação e Empreendedorismo, Tecnológica e Inovação, Produção Científica, Posicionamento Internacional e Competitividade. Entre as ações previstas, estão a consolidação de ecossistemas digitais, a certificação e a preferência nas compras governamentais para software com tecnologia nacional, a aceleração de empresas nascentes de base tecnológica com foco em software e serviços, a atração de centros de pesquisa globais e a capacitação de jovens para o mercado profissional.
A partir desta terça-feira (21/08), o ministério colocará em consulta pública um edital com os critérios para a certificação de softwares nacionais. Os produtos certificados terão vantagem nos leilões de compra do Governo. Pela lei, produtos com maior índice de nacionalização podem participar dos leilões de compra do governo oferecendo preço até 10% superior ao praticado por concorrentes internacionais. Para se ter uma ideia, só no na passado o Governo Federal gastou R$ 7,5 bilhões na compra de software e de serviços de TI para a administração direta.
Conheça o TI Maior
Com informações da Assessoria de Imprensa do senador Walter Pinheiro.
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