Plenário da Câmara não libera crédito de R$ 43 milhões para a Copa

Para atender os protestos contra investimento de dinheiro público nos eventos esportivos que o Brasil sedia entre 2013 e 2014 – Copa das Confederações e Copa do Mundo –, os deputados cancelaram, na noite desta quarta-feira (26), a liberação de um crédito de R$ 43 milhões. O dinheiro seria destinado ao Ministério das Comunicações, para a contratação de serviços de tecnologia da informação e telecomunicações.

 

O fornecimento dessa infraestrutura de tecnologia e informação foi um dos compromissos assumidos pelo Brasil à época da candidatura aos torneios. Os serviços incluem a totalidade da rede, seus equipamentos e as comunicações de telefone, dados, áudio e vídeo necessários para as competições.

O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), autor da emenda que levou a rejeição da verba, argumentou que o Governo não respeitou o critério de imprevisibilidade, conforme determina a Constituição, ao editar a Medida Provisória 611/2013 que autoriza a liberação do recurso. “A garantia [à Fifa] foi assinada em 2007, estamos em 2013, houve tempo suficiente para isso. Vamos votar contra, porque a MP não atende minimamente ao que o governo deveria ter planejado e executado no devido tempo”, declarou.

 

Todos os partidos da base aliada, exceto o PT, também votaram contra os recursos.

 

Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal indicam que cerca de 77% desse dinheiro foi empenhado, ou seja, comprometido para os pagamentos a que se destinam.

 

Segundo a Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, se a MP for convertida em lei sem esses recursos para o ministério, o gestor deverá cancelar o empenho, e o Congresso definirá os efeitos jurídicos que decorrerem dele (contratos de licitação, por exemplo).

 

Caso a MP 611 não seja aprovada dentro do prazo de sua vigência (até 15 de agosto), o destaque não terá produzido efeitos, pois o texto tem eficácia de lei desde sua edição e qualquer mudança somente se efetiva quando ela for sancionada.

 

Com Agência Câmara

To top