Repressão policial

Polícia ataca povos indígenas em frente à Câmara dos Deputados

Manifestação pacífica em Brasília foi surpreendia por bombas e balas de borrachas. Vários integrantes do movimento indígena ficaram feridos e foram encaminhados a hospitais. Os povos indígenas protestam contra o PL 490, que acaba com a demarcação de terras no país
Polícia ataca povos indígenas em frente à Câmara dos Deputados

Foto: Articulação dos Povos Indígenas (Apib)

Povos indígenas de diversas localidades do país foram atacados com bombas e balas de borrachas pela Polícia Militar do Distrito Federal em frente à Câmara dos Deputados, na tarde desta terça-feira (22). Diversos indígenas, que protestavam contra o Projeto de Lei 490/2007, ficaram feridos e foram encaminhados a hospitais.

O PL altera a Lei n° 6.001, de 19 de dezembro de 1973, que dispõe sobre o Estatuto do Índio. É uma bandeira ruralista e bolsonarista que pretende acabar com a demarcação de terras indígenas no país, favorecendo o garimpo e a construção de hidrelétricas.

Veja como foi o ataque, abaixo:

 

A votação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados foi adiada várias vezes nas últimas semanas. Nesta terça, seria o quarto item da pauta da CCJ, mas a votação foi novamente cancelada.

A presidenta Nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), estava com as lideranças indígenas durante o protesto e afirmou que junto com outros deputados de oposição vão garantir a participação dos povos indígenas na votação do PL 490, agendada para esta quarta-feira (23).

 

Mobilização

As mobilizações acontecem em Brasília desde a semana passada. Pelo menos 850 indígenas pediram por proteção aos povos Yanomami e Mundukuru, além da manutenção da demarcação de terras. Eles marcharam até o Supremo Tribunal Federal, Ministério da Justiça e Funai.

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