Mais de 1 milhão de famílias brasileiras têm motivos para comemorar a inclusão no novo Bolsa Família. Desde março, o programa voltou mais forte: com foco em quem verdadeiramente precisa do dinheiro e recordes seguidos de recursos transferidos.
“O mais importante programa de transferência de renda do Brasil começou a ser pago e já bate a marca recorde de maior valor médio pago por família na história! Inclusão social é inclusão econômica: o povo com dinheiro no bolso faz o país crescer”, comemora o líder do PT no Senado, Fabiano Contarato.
Todas as novas famílias incluídas no programa do governo Lula preenchem os requisitos para estarem na lista de beneficiários mas estavam de fora até então. Entre março e abril, o número de novas concessões somava 808,2 mil. Já neste mês de maio, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) incluiu outras 200 mil famílias, que passaram a receber os recursos desde quinta-feira (18/5).
O Bolsa Família ainda bateu recorde de investimentos em maio, um marco celebrado pela senadora Teresa Leitão (PT-PE).
“Investimentos têm valor inédito de R$14,1 bilhões apenas neste mês para mais de 21 milhões de famílias! O valor médio de pagamento é o maior de todos os tempos: R$672,45”, disse a parlamentar, destacando que, apenas em Pernambuco, 1,67 milhão de pessoas estão sendo contempladas pelo programa.
O novo Bolsa Família inclui R$ 150 adicionais para crianças com idade até seis anos. Em maio, ao todo, mais de 9 milhões foram beneficiadas pelo recurso, que, somado, chega a R$ 1,36 bilhão. São R$ 22 milhões a mais pagos em relação a abril, permitindo a inclusão de mais de 147,7 mil crianças nessa faixa etária.
São Paulo é o estado com o maior número de novas concessões em maio, com mais de 45,4 mil famílias incluídas no programa. Em seguida aparecem a Bahia, com 23,3 mil, e Minas Gerais, com quase 20,8 mil novos lares atendidos.
“Estamos reconstruindo o Brasil, levando dignidade e cidadania à população”, destaca o presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, Paulo Paim (PT-RS).
Irregularidades no CadÚnico
As ações do Executivo federal também garantem que o dinheiro chegue efetivamente na mão do povo que precisa. De acordo com reportagem do portal UOL, divulgada nessa quinta-feira, a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou uma série de irregularidades no Cadastro Único (CadÚnico), referentes ao governo Bolsonaro.
A mais grave foi a identificação de 1.078.250 pessoas (representando 1,2% do total) que já faleceram como ativas no CadÚnico em outubro de 2022, mês em que foram realizadas as eleições. Segundo a CGU, a inconsistência gera “reflexo direto nos pagamentos de benefícios” feitos por meio do cadastro no até então Auxílio Brasil, atual Bolsa Família.
Nas redes sociais, o presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, Humberto Costa (PT-PE), classificou as revelações como graves.
GRAVE! CGU identifica irregularidades no CadÚnico durante o Governo Bolsonaro. Mais de 1 milhão de pessoas que já faleceram constavam como ativas no sistema em outubro de 2022.
— Humberto Costa (@senadorhumberto) May 18, 2023
O relatório da controladoria foi entregue ao governo Lula no início desta semana (15/5), apontando ainda outras irregularidades, como mais de 3 milhões de famílias com renda per capita superior à declarada no CadÚnico.
A atuação tem o objetivo de evitar fraudes. Desde abril, a gestão atual excluiu 1,2 milhão de cadastros irregulares.