No último final de semana (11) teve início a Marcha Nacional Lula Livre com mais de cinco mil integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e de outros movimentos da Via Campesina rumo a Brasília. Eles vão caminhar até Brasília, com chegada programada para a próxima quarta-feira (15), data de registro da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República.
Os manifestantes partiram de três pontos diferentes – Formosa (GO), Luziânia (GO) e Engenho das Lages (DF) – e cada uma das colunas vai percorrer entre 50 e 90 km, com paradas em cidades no trajeto para conversas com a população local.
“Eu quero agradecer muito aos companheiros dos movimentos sociais, aos integrantes da greve de fome, demonstrando solidariedade ao presidente Lula e ao povo brasileiro. Agradecer a todos que estão se mobilizando no Brasil inteiro para estarem dia 15 em Brasília. Nós vamos ter milhares de pessoas. Nós vamos registrar Lula junto com o povo”, afirmou a senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores.
Também se fazem presentes na Marcha Nacional Lula Livre outros movimentos da Via Campesina, como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e o Levante Popular da Juventude. A expectativa é reunir, junto com caravanas de trabalhadores urbanos, pelo menos dez mil pessoas em Brasília.
Além da marcha, outras mobilizações acontecem pelo direito da liberdade e da candidatura de Lula. Sete militantes se encontram em greve de fome há 13 dias para denunciar a volta da fome e reafirmar esperança de que Lula possa reverta essa situação. Na última sexta-feira (10) ocorreu o Dia do Basta, promovido pelas centrais sindicais e movimentos sociais.
A partir desta segunda, até quarta, estão previstos ainda atos de apoio a Lula em diversos países. A jornada internacional terá eventos hoje na África do Sul, Áustria, Canadá, Cuba, Estados Unidos (Nova York, Boston e Washington) e Reino Unido. Amanhã será na França e na quarta, em Portugal e Suíça.
Nesta segunda-feira (13), a marcha recebeu a visita do arquiteto, artista e ativista argentino Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz. Esquivel foi uma das primeiras personalidades do cenário mundial dedicado à defesa dos direitos humanos a tentar visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Ele também apresentará indicação de Lula para prêmio Nobel da Paz.
“Temos que ter em conta que esta política, que tentam retirá-lo das eleições, está sendo replicada em todo o continente latino-americano. A extrema-direita está avançando na dominação dos povos. Por isso gritamos Lula Livre. Que o povo brasileiro decida quem tem que governá-lo”, diz o ativista argentino.
Com informações de agências de notícias