O programa Minha Casa, Minha Vida é o grande responsável pelo aquecimento do mercado imobiliário em 2023, sendo que mais de 70% dos imóveis vendidos estavam relacionados a empreendimentos do programa social do governo Lula. Reportagem da Folha de São Paulo publicada nessa quinta-feira (11/1) mostra que um total de 126.774 empreendimentos foram comercializados no ano passado, o que alavancou o setor habitacional no país.
A reportagem também aponta que “o índice que mede a valorização de ações do setor lidera a alta na Bolsa de São Paulo”. Os dados divulgados fazem parte da última pesquisa do indicador Abrainc-Fipe.
Segundo o indicador, “as vendas de imóveis residenciais nos primeiros dez meses do ano passado cresceram 23,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, em grande medida impulsionadas pelo programa federal”.
De janeiro a outubro, o volume de unidades comercializadas dentro do programa social relançado pelo governo Lula subiu 27,3%. Ao todo, foram 89.126 imóveis. Já o volume de lançamentos cresceu 10,7%, aponta a matéria.
A alta de empreendimentos lançados dentro do Minha Casa, Minha Vida no período analisado amenizou a queda total nos lançamentos de imóveis no Brasil, que foi de 7,7%. O levantamento foi realizado com 20 empresas associadas à Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
O senador Fabiano Contarato (ES), líder do PT no Senado, participou em outubro do ano passado da solenidade de entrega de 537 unidades habitacionais do programa, no Residencial Barra Riacho, em Aracruz (ES).
“Vimos os sorrisos de famílias que agora vão realizar o sonho de ter onde morar. É dignidade, é empatia, é estrutura para o desenvolvimento de crianças e adolescentes. É o governo Lula realizando o sonho da casa própria”, disse o senador.
Governo Lula tirou programa do ostracismo
Após a redução dos investimentos pelo governo anterior no programa habitacional, que foi rebatizado de Casa Verde e Amarela, o programa Minha Casa, Minha Vida retornou em meados do ano passado com um teto bem maior para financiar imóveis, além de mais subsídios e juros mais baixos, por determinação do presidente Lula. O programa é uma das marcas do atual governo, que tem como prioridade permitir o acesso da população mais pobre a uma moradia digna.
Com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, o Congresso elevou o orçamento do programa para R$ 9,5 bilhões – ante R$ 34,2 milhões inicialmente previstos para o setor. Além disso, dos R$ 9,5 bilhões, a maior parcela, de R$ 7,8 bilhões, foi destinada justamente para o instrumento de sustentação da faixa 1 – voltado para famílias com renda bruta de até R$ 2.640.
Com o novo estímulo oferecido pelo governo Lula, o programa não somente ampliou o número de beneficiários, como também fortaleceu o mercado imobiliário, que conseguiu resistir mesmo com a alta taxa do financiamento habitacional, impulsionada pelos juros básicos, a Selic, ainda em nível bastante elevado.
A reportagem também destaca que, na Bolsa de Valores, o Índice Imobiliário foi o que mais avançou entre os índices da B3 em 2023. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 20%”.
Milhares de empregos gerados
Ao mesmo tempo em que garante o sonho da casa própria para a população brasileira, o programa também é crucial para o mercado de trabalho, sobretudo no setor da construção civil. De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom-CUT), Claudio Gomes (Claudinho), o Minha Casa, Minha Vida deve gerar pelo menos 500 mil postos de trabalho em 2024.
Entre janeiro e novembro de 2023, o programa garantiu a criação de 235.975 novos empregos (+9,75% sobre dezembro de 2022), de acordo com a Conticom. Dados do Ministério das Cidades registram que o governo federal contratou 720 mil unidades habitacionais no ano passado.
Na avaliação de Claudinho, o cenário positivo se deve à queda da taxa Selic, ainda que tímida. “A queda nos juros foi fundamental para que os empreendimentos imobiliários fiquem mais acessíveis à população. As construtoras e os investimentos ficam mais animados em comprar um imóvel e, com isso, cresce o emprego de toda a cadeia da construção civil, do pedreiro ao marceneiro”, destacou o dirigente sindical ao site da CUT.
Com informações do PT e da CUT