Caso Moro

PT deu autonomia à PF, algo que Moro não viu no governo anterior

Líderes do PT e do governo detonam tentativa de politizar operação contra organização criminosa e destacam atuação do governo Lula: "protegeu a vida de opositor"
PT deu autonomia à PF, algo que Moro não viu no governo anterior

Foto: Polícia Federal

A mesma Polícia Federal que foi aparelhada por Bolsonaro, agora tem liberdade e isonomia na gestão Lula para investigar e agir, sem fazer perseguição política. A maior prova disso foi a operação desta quarta-feira (22) contra membros da organização criminosa PCC que ameaçavam a vida de autoridades como a do ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil-PR).

A diferença é gritante. No governo Lula, tanto a instituição policial quanto o Ministério da Justiça agem sem atender interesses pessoais do presidente da República – ao contrário, atuam com eficiência para impedir tragédias. O tema foi destaque do delegado e líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES).

Ao se solidarizar com o ex-juiz, Contarato aproveitou para agradecer o trabalho eficiente da PF e do governo federal. “Isso demonstra que os nossos governos do PT sempre deram autonomia à polícia e o senhor é testemunha disso, [uma autonomia] que não aconteceu no governo anterior”, disse o petista, lembrando que Moro saiu do governo Bolsonaro por interferências na Polícia Federal.

A fala do líder do PT relembra a gravação de reunião ministerial do governo anterior, em abril de 2020. Na época, o então presidente da República afirmou que não ia esperar “f*der” a sua família para trocar alguém da segurança. Ele se referia a investigações em andamento contra a sua família.

“Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele. Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro”, afirmou, se referindo a Sérgio Moro, então ministro da Justiça e Segurança Pública. Tempos depois, o ex-juiz pediu demissão do cargo e acusou o então presidente de interferência na PF.

Agora, como lembra Fabiano Contarato, o órgão de polícia é novamente atuante, como ocorreu nas gestões Lula e Dilma. “Temos um presidente da República que fortalece as instituições. Porque nós fortalecemos a democracia, fortalecemos as instituições. E o PT sempre fortaleceu todas as instituições”, destacou.

“Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Parabéns à PF. Parabéns ao ministro Flávio Dino. Parabéns ao presidente da República. Que tenha a altivez de conduzir ao Brasil no rumo certo e dar efetividade à garantia constitucional no artigo 47, que a segurança pública é direito de todos, mas é dever do Estado. E está sendo assegurado”, finalizou.

Sem coloração

Na mesma linha de Contarato, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), destacou que o trabalho da PF e do governo federal foi feito “sem olhar coloração” ou visão política, uma obrigação do Estado Democrático de Direito. Ele aproveitou para elogiar a postura da gestão Lula.

“E eu incluo aí a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como democrata, respeitador do direito e da vida das pessoas humanas, que teve uma postura que não faz favor. Cumpre a sua obrigação. Nem sempre foi assim”, destacou.

Wagner aproveitou para se solidarizar com os policiais brasileiros, “que levantam toda manhã em defesa da vida de todos nós e se sentem ameaçados”.

Críticas

Os parlamentares aproveitaram para criticar a tentativa de parlamentares da oposição de vincular o nome do presidente Lula ao caso Moro e, até mesmo, aos atentados contra os poderes da República no dia 8 de janeiro.

“Não podemos viver num universo paralelo. Querer vincular esse fato ao atual presidente é totalmente contraproducente. É o mesmo que estão querendo fazer no atentado ao Estado de Direito no dia 8 de janeiro. Ora, o presidente da República, o ministro Flávio Dino, com equilíbrio, serenidade, fortalecendo as instituições, estão dando a resposta”, disse o líder Contarato.

Já o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), foi incisivo ao classificar como “mau-caratismo” qualquer tentativa de usar Lula para tratar do tema.

“O senador Moro tinha conhecimento das investigações da Polícia Federal. Tentar politizar esse tema é mau-caratismo. A PF, sob o comando do presidente Lula, atuou de forma republicana para proteger a vida de um opositor que o levou ilegalmente e injustamente à prisão”, apontou.

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