Neste 8 de Março, dia dedicado internacionalmente à reivindicação dos direitos das mulheres, os senadores do PT manifestaram solidariedade e compromisso para combater o machismo, o racismo, a violência de gênero e todas as formas de opressão.
“Hoje é um importante dia para a consciência e o compromisso por direitos e igualdade de gênero. O mundo só será verdadeiramente justo quando as mulheres tiverem as mesmas oportunidades que os homens e não sejam vítimas do machismo e das mais variadas formas de discriminações”, registrou o senador Jaques Wagner (PT-BA).
Na mesma linha, o senador Jean Paul Prates (PT-RN), líder da Minoria, reafirmou o posicionamento em defesa da vida de todas e da igualdade de gênero. “Nossa mensagem é uma só: por um futuro de oportunidades, protagonismo e segurança para as mulheres. Seguimos firmes com nosso apoio na luta contra o machismo, o racismo, a LGBTfobia e as ações que agravam a situação das mulheres no Brasil”, destacou.
Trabalho igual, salário igual
O senador Paulo Paim (PT-RS) cobrou a aprovação do projeto (PLC 130/2021) que estabelece multas a empresas que pagarem salários diferentes para homens e mulheres no exercício da mesma função. No ano passado, Paim foi o relator da proposta no Senado. O texto aguardava apenas a sanção presidencial, após tramitar durante uma década no Congresso Nacional; porém, voltou para a Câmara dos Deputados graças a uma manobra de Arthur Lira (PP-AL), presidente daquela Casa e aliado de Bolsonaro.
“O PLC 130 tem como objetivo acabar com a desigualdade salarial entre homens e mulheres. Mesma função, mesma atividade, mesmo salário. É uma questão de justiça! Basta de preconceito e discriminação. Há anos o projeto tramita. A Câmara precisa votar urgentemente. A ONU Mulheres afirma que, se continuarmos nesse ritmo, vamos levar mais de 250 anos para alcançar a paridade econômica de gênero. É um absurdo!”, protestou Paim.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar de terem escolaridade mais alta, as mulheres ganharam em média 20% menos do que os homens no 4º trimestre de 2021. Outra pesquisa, com dados de 2006 a 2018, revelou que o salário de um homem branco supera em até 159% o de uma mulher negra.
Ao lembrar que as mulheres negras são as mais atingidas pelas desigualdades sociais, Paulo Paim lamentou que elas sejam 61% das vítimas de feminicídio: “Até quando vamos continuar matando mulheres?”.
Pelo fim da violência contra mulher
O Brasil é o quinto país no ranking de homicídios de mulheres, segundo a Organização da Nações Unidas (ONU). Já o Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelou que o país teve, em média, 1 estupro a cada 10 minutos em 2021. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) ressaltou a força da mobilização feminina diante desse cenário de violência.
“Hoje é um dia de luta para as mulheres de todo o mundo. Luta por respeito, por igualdade, pelo fim do machismo, pelo fim da violência. Luta para se manter viva em um dos países que mais mata mulheres no mundo”, frisou Rogério.
Bolsonaro Nunca Mais
O desmantelamento de políticas públicas voltadas às mulheres é outra forma brutal de violência. Para além das declarações machistas de Bolsonaro, o ódio que esse governo tem das mulheres também se expressa no Orçamento. Em 2020, foram destinados R$ 132 milhões para o combate à violência contra a mulher. Em 2021, esse valor caiu para R$ 61 milhões e, neste ano, para R$ 43 milhões.
“Hoje é dia de reforçar o combate ao machismo, a desigualdade e pedir o fim da violência contra a mulher. Seguimos firmes na resistência a este governo que tem a misoginia como política de Estado”, reforçou o senador Humberto Costa (PT-PE).
O líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA), resumiu o recado da bancada petista:
O melhor desejo às mulheres é que, no 8 de março do ano que vem, vocês não sejam mais obrigadas a ter Bolsonaro como presidente. Vamos, juntos, tirar o atraso do poder neste país. Estamos juntos, companheiras!#8M2022 #8MForaBolsonaro #DiaInternacionalDaMulher
— Paulo Rocha (@senadorpaulor) March 8, 2022
Pela vida de todas as mulheres
O senador Fabiano Contarato (PT-ES) agradeceu às mulheres que “lutam até hoje por direitos básicos, mulheres que nos fizeram chegar até aqui, mulheres que suam para criar os filhos, que ganham menos do que os homens, que combatem todas as formas de preconceito e de violência”.
Nas redes sociais, ao postar uma foto de sua filha caçula Mariana, de 3 anos, o senador estendeu a homenagem a todas as brasileiras: “Se falhamos em construir um país menos desigual e misógino no presente, que deixemos um legado mais alentador para as futuras gerações! Um mundo melhor para as mulheres é um mundo melhor para todos!”, esperançou.