Seca: Humberto cobra do Governo agilidade para obras estruturantes

A situação crítica vivida pelos municípios do interior de Pernambuco em decorrência do agravamento da estiagem exige maior articulação do Legislativo para reivindicar dos órgãos federais mais agilidade para as obras estruturantes que permitirão políticas perenes que amenizem os efeitos da seca. O alerta foi feito na tarde desta terça-feira (30/10) pelo senador Humberto Costa (PT-PE), em discurso ao Plenário da Casa. “Nós parlamentares, Governo Federal, governos estaduais, prefeituras e movimentos sociais devemos trabalhar em conjunto para buscar tanto soluções mais rápidas e eficazes, como um trabalho mais aprofundado com impacto duradouro na região”, afirmou Humberto. Ele sugeriu que representantes do Senado possam se reunir com os ministérios que cuidam das ações relativas à seca. “Sei que o governo da Presidenta Dilma Rousseff nos atenderá com o máximo de empenho, pois essa tem sido a sua postura”, destacou.

Dos 5.564 municípios existentes no País, 2.339 (ou 42%) tiveram as circunstâncias de vulnerabilidade das pessoas reconhecidas pelo Ministério da Integração Nacional, até o dia 22 de agosto, data da última atualização. Em todo o Brasil, apenas três estados (Amapá, Roraima e Tocantins) e o Distrito Federal não possuem nenhum município com portarias de reconhecimento de situação de emergência – medida que serve de autorização para acesso a benefícios e créditos liberados pela União.

Humberto fez um relato sobre situação no interior de Pernambuco, onde visitou, no último final de semana, os municípios de Custódia, São José do Egito, Tabira e Serra Talhada. Além de ver de perto a situação dos moradores, o senador recebeu dos prefeitos uma série de reivindicações, como a aceleração das obras da transposição do Rio São Francisco e da Adutora do Pajeú.

O senador relatou que efeitos da seca vêm sendo sentidos com ainda mais intensidade que em outras áreas do Nordeste. “Não houve chuva praticamente durante todo este ano. No período chuvoso, de outubro a março, as precipitações ficaram 75% abaixo da média esperada na maior parte do Sertão Pernambucano. Nas áreas onde houve mais chuvas, a queda no índice pluviométrico chegou a 50%. Resultado: o Nordeste vem enfrentando a maior seca dos últimos 50 anos.”

“O que está em jogo, lembra ele, é a vida de milhares de pessoas, além do desenvolvimento da Região. A falta de chuva não prejudica só a agricultura e a pecuária, já que a água, no interior de Pernambuco, é escassa até para o consumo humano. O impacto econômico repercute em todo o País”, destacou Humberto. “Outra consequência desse flagelo é a migração, a retirada das famílias das suas cidades e o abandono de suas terras em busca da sobrevivência”, alertou o senador.


Humberto lembrou que o Governo Federal tem atuado em várias frentes e liberado recursos para minimizar os efeitos da seca. O Legislativo também tem feito sua parte, aprovando Medidas Provisórias como a que destinou R$ 381 milhões para atendimento à população dos municípios castigados por desastres naturais e outra que assegurou R$ 676 milhões para os municípios que sofrem com a escassez de chuvas.“Medidas emergenciais são fundamentais. Mas precisamos imprimir um ritmo mais forte aos grandes projetos estruturadores em andamento, como a transposição das águas do Rio São Francisco.

Cyntia Campos

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