O senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou nesta quinta-feira (21), em plenário, que a reforma da Previdência (PEC 6/2019) não será aprovada pelo Congresso Nacional sem que o Poder Executivo abra diálogo com os parlamentares. “Nessa política de não ficar no clima do ‘nós contra eles’, o governo federal deve abrir o diálogo com o Congresso Nacional. É fundamental, nesse momento, que se discuta esse projeto que afeta a vida de 200 milhões de pessoas”, disse Paim.
Os principais jornais do País mostraram, de ontem para hoje, diversos aspectos negativos da proposta. A Folha de S. Paulo afirmou que a proposta apresentada por Bolsonaro deve gerar questionamentos jurídicos. O líder do DEM na Câmara, deputado Elmar Nascimento (BA) afirmou que o trecho sobre alterações na aposentadoria rural não será aprovado pelo Congresso. O Uol trouxe a análise da economista Denise Gentil (UFRJ) afirmando que a proposta dificultará o acesso à aposentadoria e gerará mais pobreza.
“Há uma enxurrada de mensagens que me chegam pelas redes sociais à medida que a população vai percebendo o que está acontecendo. A população está se posicionando contra a reforma nos moldes em que ela está. Tenho subsídios que resultaram da CPI da Previdência e mostram que o principal problema é de gestão, combate à sonegação e execução dos grandes devedores”, explicou o senador.
Paim também demonstrou discordância de membros da base governista no Congresso que afirmaram ser possível aprovar as mudanças na aposentadoria nos próximos três meses. Na avaliação do senador, é impossível aprovar uma reforma dessa envergadura em período tão curto.
Confira os principais pontos da proposta apresentada por Bolsonaro