Integração

Senado aprova ingresso da Bolívia como Estado Parte do Mercosul

Protocolo de adesão do país vizinho ao bloco foi assinado em 2015, ainda durante o governo Dilma Rousseff. Proposta segue para promulgação

Agência Brasil

Senado aprova ingresso da Bolívia como Estado Parte do Mercosul

Protocolo para ingresso da Bolívia no Mercosul foi assinado em 2015

O Senado aprovou nesta terça-feira (28/11) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL 380/2023), originado na Câmara dos Deputados, dando aval para o ingresso da Bolívia como Estado Parte do Mercosul.  

O projeto, que vai à promulgação, leva em consideração o protocolo de adesão assinado pelo Estado Plurinacional da Bolívia em 2015, em Brasília. Com isso, o país aderiu ao Tratado de Assunção e, desde então, está em processo de ingresso no bloco. 

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), comemorou a aprovação da matéria pela capacidade produtiva do país vizinho e pela possibilidade de fortalecimento do bloco.

“Lutamos muito pela entrada deste país irmão no bloco por entendermos que não se trata do governo boliviano A ou B, mas uma nação soberana, com grande capacidade produtiva e que certamente fortalecerá ainda mais o Mercosul”, disse o senador.

Para ser aceita como Estado Parte, a Bolívia precisa da aprovação dos parlamentos de todos os integrantes: Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Atualmente, o país é associado ao grupo, assim como Chile, Colômbia, Equador, Peru, Guiana e Suriname.  

Nessas condições, eles podem estabelecer acordos de livre comércio com os membros e participar de reuniões do bloco. 

De acordo com o documento, a incorporação do novo integrante será feita gradualmente. O prazo de quatro anos, a partir da entrada em vigor do protocolo, foi estabelecido para a integração total da Bolívia. Nesse período, o país deverá adotar a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), a Tarifa Externa Comum (TEC) e o Regime de Origem do Mercosul.  

O mesmo tempo foi estipulado para que o governo boliviano anule acordos bilaterais, como a complementação econômica com a Venezuela, que se encontra suspensa dos direitos e obrigações como integrante do bloco. 

Comissão Externa 

O plenário também aprovou, ne mesma sessão, a criação de uma comissão temporária externa para verificar in loco a situação política e social do Estado Plurinacional da Bolívia, no que diz respeito à cláusula democrática do Mercosul.  

O colegiado será composto por cinco membros titulares e terá prazo de funcionamento de 180 dias.

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