A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (5) que a Covid-19 não é mais um caso de emergência global. No entanto, isso não significa o fim da pandemia causada pelo novo coronavírus.
O anúncio do fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) foi feito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. Segundo ele, a recomendação foi feita após análises do Comitê de Emergência.
“É, portanto, com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como uma emergência de saúde global”, disse.
O senador Humberto Costa (PT-PE), ex-ministro da Saúde, destacou a importância da vacinação e da ciência no combate à doença. “Sem a vacina e a ciência, este momento não seria possível. A pandemia matou milhões de pessoas em todo o mundo, mais de 700 mil apenas no Brasil”, disse.
Nos últimos três anos, a doença causada pelo Sars-CoV-2 provocou 765,2 milhões de casos e quase 7 milhões de mortes ao redor do planeta, segundo a OMS.
“Graças à vacinação, vemos o mundo escrever esse novo capítulo de esperança após uma pandemia que vitimou mais de 700 mil vidas somente no Brasil. Viva a vacina! Viva o SUS!”, celebrou Fabiano Contarato (ES), líder do PT no Senado.
A senadora Augusta Brito (PT-CE) também destacou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento da pandemia ao longo dos últimos três anos.
“No Brasil, precisamos ressaltar a importância do SUS e dos profissionais de saúde para superarmos esse triste período de nossa história. O SUS salva vidas! Viva a vacina! Viva a ciência!”
Já a senadora Teresa Leitão (PT-PE) enfatizou a luta dos profissionais de saúde na batalha contra a doença e a dedicação diária para salvar vidas no momento mais complicado da pandemia.
“Uma grande vitória da Ciência. Deixo meus parabéns a todos os profissionais da Saúde, que tanto se dedicaram no enfrentamento da pandemia. Viva o SUS! Viva a vacina!”
O Brasil, infelizmente, foi um dos países mais afetados pela doença. Dados do Ministério da Saúde registram mais de 37,4 milhões de infecções e 701,4 mil mortes no país até 26 de abril.
A pandemia no Brasil foi marcada pela omissão e negacionismo da gestão anterior, que contestou medidas preventivas, como o uso da máscara, e pôs em xeque a segurança das vacinas, além de disseminar falsos medicamentos para o combate ao vírus. No Senado, uma CPI desnudou o descalabro do governo Bolsonaro na gestão da pandemia.
Além de anunciar o fim da emergência, a OMS reforçou a importância de os países manterem os sistemas construídos para enfrentar a pandemia e não passarem a mensagem errada de que não há mais motivo para se preocupar com o vírus.