Os senadores Paulo Rocha (PA), líder do PT, e Paulo Paim (PT-RS) cobraram ações que deem verdadeiras condições às famílias brasileiras de enfrentarem as dificuldades impostas pela pandemia. Ambos defenderam em discursos em plenário o retorno do valor do auxílio emergencial para R$ 600.
“Todo mundo sabe que o Brasil enfrenta um caos sanitário, econômico e social, diante da inação do governo Bolsonaro, do boicote ao protocolo de distanciamento social, da demora na vacinação e do abandono dos mais vulneráveis, com a extinção do auxílio emergencial até março e a retomada do benefício com valores e cobertura bem menores dos que foram vigentes em 2020”, destacou o senador Paulo Rocha.
O auxílio emergencial começou a ser pago em abril do ano passado, com parcelas de R$ 600. Nos últimos três meses de 2020, o valor foi reduzido para R$ 300. O benefício foi suspenso no começo do ano e voltou em abril. Estão previstas parcelas de R$ 150 a R$ 375 a serem pagas até agosto deste ano.
“No Brasil, pouquíssimos tem muito e a grande maioria não tem nada. O auxílio emergencial de 150 reais é uma vergonha. Não compra metade de uma cesta básica. Temos que voltar ao valor original. 600 reais, no mínimo”, cobrou o senador Paulo Paim.
De acordo com pesquisa do Instituto Datafolha, desta semana, cerca de 87% dos brasileiros maiores de 16 anos acreditam que o valor do benefício não é suficiente.
Renda Básica de Cidadania
O senador Paulo Paim ainda cobrou a aprovação do PL 4.194/2020, projeto de de sua autoria, que regulamenta o programa Renda Básica da Cidadania, previsto na Lei 10.835, de 2004.
“Essa lei foi aprovada há cerca de 16 anos. Ela determina que o benefício deverá atender as despesas mínimas de cada pessoa com alimentação, educação e saúde. O Brasil não pode continuar errando, sacrificando sua população e acabando com gerações inteiras”, explicou.
Paim ressaltou ainda que a fome está cada vez mais presente no dia a dia do brasileiro, tendo aumentado drasticamente com a pandemia. Segundo ele, cerca de 100 milhões de brasileiros se alimentam mal, o que tem reflexos na saúde.