A indústria de transformação brasileira voltou a melhorar sua posição no ranking mundial de crescimento da produção, segundo levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A produção industrial da transformação cresceu 2,9% no segundo trimestre de 2024 ante o mesmo período do ano anterior.
O desempenho alçou o Brasil à 40ª posição em um ranking de 116 países com informações divulgadas pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (United Nations Industrial Development Organization).
O resultado marca uma recuperação expressiva, já que o país ocupava a 70ª posição no ano anterior, evidenciando os efeitos de uma política assertiva, como o Nova Indústria Brasil, e o retorno de investimentos no setor.
“Desde o lançamento do programa ,no início do ano, estamos destacando a importância e as possibilidades de ganhos para toda a população. Isso mostra o empenho do governo federal em responder às necessidades do país, como um todo”, destacou o líder do PT no Senado, Beto Faro (PT-PA).
Em abril, o senador promoveu uma audiência pública para debater o programa Nova Indústria Brasil no âmbito da Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado.
Na oportunidade, o líder do PT no Senado afirmou que o programa seria um passo importante e decisivo, por ser um instrumento de reversão do acelerado processo de desindustrialização da economia brasileira.
“Quando da realização de audiência pública no Senado, destaquei que a modernização da indústria nacional iria atrair investimentos, gerar emprego e promover a sustentabilidade, além de possibilitar a integração regional do Brasil. E tudo isso se confirma com estes dados”, emendou Beto Faro.
Debatedores defendem programa de industrialização com foco na Região Norte
Na avaliação do senador Rogério Carvalho (PT-SE), a retomada da industrialização brasileira, por meio do Nova Indústria Brasil, “tem sido muito positiva para o nosso país e os resultados concretos nos dão a real dimensão da importância disso”.
“Esses números são prova do compromisso do presidente Lula com o crescimento econômico e o desenvolvimento do Brasil”, ressaltou Rogério Carvalho.
“É a política industrial robusta, aliada ao esforço coletivo, que está recolocando o Brasil no mapa da competitividade global. Esse avanço reflete a visão estratégica de um governo que entende que a reindustrialização é necessária para gerar empregos de qualidade, aumentar a renda dos trabalhadores e, acima de tudo, reduzir desigualdades. A liderança de Lula tem sido essencial para garantir que o desenvolvimento econômico seja inclusivo e sustentável, preparando o Brasil para enfrentar os desafios da economia mundial com autonomia e inovação”, acrescentou o senador.
A senadora Teresa Leitão (PT-PE) salientou o fato de o programa Nova Indústria Brasil representar o compromisso do governo Lula com a reindustrialização do país, além de já produzir efeitos positivos positivos.
“O programa Nova Indústria Brasil, que tem como objetivos a ampliação da autonomia, a transição ecológica e a modernização do parque industrial brasileiro, é um marco para o setor. A mudança de patamar demonstra que o compromisso do governo com a política de industrialização já produz efeitos positivos, que devem ser ampliados no longo prazo”, .
Para o senador Paulo Paim (PT-RS), o NIB é um “divisor de águas” na economia brasileira, colocando a indústria no centro da retomada do crescimento do país.
“Os resultados já começaram a aparecer: subimos trinta posições em um ranking de 116 países, e nossa produção industrial cresceu 2,9% no segundo trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado”, celebrou o parlamentar em suas redes sociais.
Já o senador Humberto Costa (PT-PE) lembrou do golpe aplicado contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, que desencadeou o forte processo de desindustrialização da economia nacional, que tem sido revertido, novamente, por uma gestão do PT.
“O presidente Lula lançou uma política industrial moderna e arrojada, valorizando a indústria, como nos seus governos anteriores. Estamos começando a colher os frutos de investimentos sólidos e de uma visão de futuro para o nosso país. É só o início. Vamos experienciar um longo crescimento sustentado pela frente, integrando o nosso setor industrial à proteção ambiental, outro inarredável compromisso nosso”, enfatizou Humberto.
Nova Indústria Brasil
Com o objetivo de impulsionar a indústria nacional até 2033, o programa Nova Indústria Brasil usa instrumentos tradicionais de políticas públicas, como subsídios, empréstimos com juros reduzidos e ampliação de investimentos federais. O programa também usa incentivos tributários e fundos especiais para estimular setores da economia.
A nova política tem seis missões relacionadas à ampliação da autonomia, à transição ecológica e à modernização do parque industrial brasileiro. Entre os setores que receberão atenção, estão a agroindústria, a saúde, a infraestrutura urbana, a tecnologia da informação, a bioeconomia e a defesa.
Contraste com outros países
O bom desempenho da indústria brasileira contrasta com os números negativos de outros países da América Latina, como México (-1%), Chile (-0,6%), Colômbia (-3%) e Argentina, que apresentou uma queda de 17,1%, a segunda pior no ranking, atrás apenas da Palestina, com retração de 28,5%. Em termos globais, o Brasil também superou potências como Estados Unidos (-0,1%), Reino Unido (-0,5%) e França (-1,5%).
Com informações da Agência Brasil e da Agência PT