O Brasil teve um aumento de 2% no número de mulheres assassinadas no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Nos primeiros seis meses de 2020, 1.890 mulheres foram mortas de forma violenta em plena pandemia.
O número de feminicídios, quando as mulheres são mortas pelo simples fato de serem mulheres, também teve uma leve alta. Houve 631 crimes de ódio motivados pela condição de gênero. Os dados são do Monitor da Violência.
“É assustador o aumento dos casos de violência contra a mulher”, destacou o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH).
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) enfatizou a importância da denúncia para que ocorra a devida punição aos agressores e a rede de proteção contra a violência efetivamente funcione.
“Não podemos aceitar que o confinamento imposto pela pandemia resulte em maior violência contra mulheres, crianças e adolescentes. A denúncia é necessária para punir os agressores, mas temos de evitar que a violência ocorra. É preciso que a rede de proteção funcione efetivamente”, disse.
Ainda de acordo com o Monitor, os casos de lesão corporal no contexto de violência doméstica caíram 11%, e os estupros e estupros de vulneráveis tiveram uma queda de 21% e 20%, respectivamente.
Especialistas afirmam, porém, que a redução se trata de uma subnotificação, isto é, menos denúncias foram feitas em razão das dificuldades impostas pela pandemia. Governos de estados como Acre e Sergipe reforçam que os números estão, de fato, subestimados.
Com informações de agências de notícias