A bancada do PT no Senado reagiu ao ataque promovido por Jair Bolsonaro nesse domingo ao participar de manifestação em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília. Na pauta dos manifestantes estavam o fechamento do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e a volta da ditadura militar.
“Bolsonaro orquestra uma manifestação criminosa que diante de uma pandemia atenta contra a vida dos brasileiros. O ato é em defesa do AI-5 e Bolsonaro diz ‘farei tudo o que for necessário’. O mesmo AI-5 do filho [Eduardo Bolsonaro] e do Gal. Heleno. Agora, estamos todos unidos pela democracia e pelo Brasil”, disse o senador Rogério Carvalho (SE), líder do PT no Senado.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Paulo Paim (PT-RS), afirmou que o Brasil, em meio a pandemia, necessita de “bons exemplos” e não de “incitação ao ódio”.
“O país necessita de comando, unidade e bons exemplos para combater a pandemia, assim como o mundo está fazendo. É inaceitável que o Presidente compareça a um ato público que ataca a democracia e as instituições. Basta de incitação ao ódio. É preciso governar e salvar vidas”, afirmou.
Na avaliação do senador Jean Paul Prates (PT-RN), o momento atual cobra a tomada de providências por parte das instituições como forma de salvar a democracia “antes que seja tarde demais”.
“Como dizem os ingleses, ENOUGH IS ENOUGH. Hora de providências. Salvar a democracia antes que seja tarde. Chega de levar na boa e tentar compor. A situação é muito grave. STF, Senado Federal, Câmara dos Deputados. Pandemia e conspiração não combinam”, apontou.
Jair Bolsonaro passou de todos os limites, de acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE). Para ele, o governo Bolsonaro “de fato já acabou” e destaca as imagens da manifestação em defesa do autoritarismo no qual Bolsonaro “fala para uma minoria”.
“Bolsonaro passou de todos os limites. Desrespeita as vítimas de COVID-19, ataca a democracia e comete crime de responsabilidade. Nenhuma imagem é mais emblemática: fala para uma minoria, fraco, sem voz, escorado por seguranças. É o retrato de seu governo, que de fato já acabou”, destacou.
Já o senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou que a ida de Bolsonaro a manifestação, incentivando uma aglomeração em meio a uma pandemia, é “uma das cenas mais absurdas da história deste País”.
“Assistimos hoje algumas das cenas mais absurdas da história deste país. Um presidente da República em uma manifestação pró-golpe militar, incentivando aglomerações quando o país tenta controlar uma tragédia sem precedentes na saúde pública. O verme se tornou pior do que o vírus”, criticou.
Bolsonaro orquestra uma manifestação criminosa que diante de uma pandemia atenta contra a vida dos brasileiros.O ato é em defesa do #AI5 e Bolsonaro diz”farei tudo o que for necessário”.O mesmo AI-5 do filho e do Gal. Heleno.Agora, estamos todos unidos pela democracia e pelo ??!
— Rogério Carvalho (@SenadorRogerio) April 19, 2020
O país necessita de comando, unidade e bons exemplos para combater a pandemia, assim como o mundo está fazendo. É inaceitável que o Presidente compareça a um ato público que ataca a democracia e as instituições. Basta de incitação ao ódio. É preciso governar e salvar vidas.
— Paulo Paim (@paulopaim) April 19, 2020
Como dizem os ingleses, ENOUGH IS ENOUGH. Hora de providências. Salvar a democracia antes que seja tarde. Chega de levar na boa e tentar compor. A situação é muito grave, @STF_oficial @SenadoFederal @camaradeputados. Pandemia e conspiração não combinam.https://t.co/GXBCkmh5iA
— Jean Paul Prates (@senadorjpprates) April 19, 2020
Bolsonaro passou de todos os limites. Desrespeita as vítimas de COVID-19, ataca a democracia e comete crime de responsabilidade. Nenhuma imagem é mais emblemática: fala para uma minoria, fraco, sem voz, escorado por seguranças. É o retrato de seu governo, que de fato já acabou. pic.twitter.com/LKaKnjRZmg
— Humberto Costa (@senadorhumberto) April 19, 2020
Assistimos hoje algumas das cenas mais absurdas da história deste país. Um presidente da República em uma manifestação pró-golpe militar, incentivando aglomerações quando o país tenta controlar uma tragédia sem precedentes na saúde pública. O verme se tornou pior do que o vírus.
— Paulo Rocha (@senadorpaulor) April 20, 2020
A mesma Constituição que permite que um presidente seja eleito democraticamente têm mecanismos para impedir que ele conduza o país ao esfacelamento da democracia e a um genocídio da população.
— Lula (@LulaOficial) April 19, 2020
Nenhuma instituição pode ficar inerte diante de Bolsonaro, sob pena de ser cúmplice de seu desafio ao país e à democracia. Congresso, STF, Ministerio Publico, Forças Armadas, partidos políticos. Todos têm de reagir
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) April 19, 2020