abril vermelho

Senadores repudiam ataque criminoso contra militantes do MST

Dois manifestantes que participavam de uma marcha em defesa da reforma agrária, no Recife, foram atropelados na manhã desta terça-feira (15/4)

Agência Brasil

Senadores repudiam ataque criminoso contra militantes do MST

Durante todo o mês de abril o MST realiza a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária

Senadores do PT repudiaram o ataque criminoso promovido contra manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na manhã desta terça-feira (15/4), no Recife. De acordo com informações veiculadas pelo Brasil de Fato, um homem que dirigia um Eco Sport branco foi o autor do ataque. Dois militantes foram atingidos pelo carro.

Nota divulgada pelo próprio MST informa que um dos homens, Gideone Sinfrônio de Menezes Filho, de 70 anos, “encontra-se gravemente ferido, em estado de coma”.

O outro sem-terra atropelado, Samuel Scarponi, é dirigente estadual do movimento e teve ferimentos no braço. O condutor se negou a dar socorro e fugiu do local.

Para o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), não houve um acidente, mas uma tentativa de homicídio contra os manifestantes do MST.

“Não se trata apenas de um ataque ao MST. É um ataque à democracia, ao direito à livre manifestação, à dignidade humana. Não podemos naturalizar a violência contra os movimentos populares”, enfatizou.

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) classificou o atropelamento como um “ato de violência brutal e inadmissível”, e lembrou que os manifestantes do MST participavam de uma marcha pacífica.  

“O Brasil não pode normalizar o ódio contra quem luta por justiça social. Que as forças de segurança sejam céleres para localizar e prender o motorista que fugiu sem prestar socorro”, disse.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) prestou solidariedade às vítimas desse “crime inaceitável”.

“Toda minha solidariedade às vítimas e ao Movimento. Respeito e justiça é o que esperamos e vamos exigir”, declarou.

O protesto integra a Jornada de Lutas pela Reforma Agrária, mobilização nacional do MST mais conhecida como Abril Vermelho. Depois de concentrar na praça da Chesf, na entrada do Recife, a marcha passa pela sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e se dirige até o palácio do governo. A pauta principal é o assentamento de 16 mil famílias que atualmente vivem acampadas no estado pernambucano.

O ataque na capital pernambucana ocorre dias antes de o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, completar 29 anos. Em 1996, 19 trabalhadores sem-terra foram assassinados por policiais militares após o bloqueio de uma rodovia naquele estado. O massacre ganhou repercussão em todo o mundo, e a organização internacional que reúne movimentos sociais, Via Campesina, declarou o 17 de abril como o Dia Internacional de Luta pela Terra.

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