Fátima quer que polícia investigue ódio de agressores da estudante Ana Luiza

Fátima quer que polícia investigue ódio de agressores da estudante Ana Luiza

Fátima Bezerra: Isso aconteceu depois de Ana Luiza agradecer à presidente Dilma, por ter possibilitado a netos e filhos de agricultores se tornarem doutoresNão vamos admitir intimidações dos setores conservadores insatisfeitos com a chamada “classe C” dividindo os bancos das universidades com seus filhos. Este foi o recado dado pela senadora Fátima Bezerra (PT-RN), em discurso ao plenário nesta quinta-feira (13), aos estudantes e profissionais de medicina que a agrediram a jovem Ana Luiza. Fátima pediu à Procuradoria da Mulher do Senado que comunique aos órgãos de segurança para que as denúncias sejam investigadas e os agressores punidos, na forma da lei.

“Isso aconteceu depois dela [Ana Luiza] agradecer à presidente Dilma, por ter possibilitado a netos e filhos de agricultores que há alguns anos labutavam de sol a sol sem nenhuma perspectiva de futuro, agora poderem não só sonhar, mas realizar um sonho, como no caso de Ana Luiza, de se tornar doutora”, elucidou a senadora.

Ana Luiza é estudante de Medicina em Caicó, no interior do Rio Grande do Norte, e se notabilizou após participar da cerimônia de dois anos do Programa Mais Médicos. Em um discurso que emocionou a plateia, a futura médica, de origem simples – filha de um agricultor –, ressaltou as transformações que a Educação tem provocado na sua vida, graças à política de expansão do curso de Medicina do governo da presidenta Dilma – a oferta de vagas no curso no interior do País foi praticamente dobrada.

Desde a cerimônia, algumas pessoas começaram a invadir a página pessoal de Ana Luiza no Facebook para xinga-la de “vadia”, “ignorante”, “médica vagabunda pobre” e ainda dizer que ela “merecia levar uma surra”. “Me dá vergonha e, ao mesmo tempo, revolta de ter que fazer este relato aqui da tribuna do Congresso”, salientou a senadora petista.

Fátima Bezerra observou que este tipo de comportamento está, infelizmente, se tornando comum na parcela mais conservadora da população, que está mostrando a sua cara nesta onda conservadora incentivada por “setores irresponsáveis e descomprometidos da política”. “Triste perceber esse ódio crescente contra as ações sociais que o governo do Partido dos Trabalhadores e aliados corajosamente tem tomado. […] Inclusive, discursos de ódio têm sido proferidos aqui por determinados segmentos do Congresso Nacional, discursos esses que são chancelados e reproduzidos longamente. São falas incompatíveis com a democracia, com a convivência social”, rechaçou.

Catharine Rocha

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