Fátima: “No dia 31 de março, estaremos muito mais fortes nas ruas para dizer: ‘Golpe nunca mais’”A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) destacou, nesta terça-feira (22), em plenário, que “os olhos do mundo estão voltados para o Brasil nas últimas semanas, especialmente os olhares daqueles comprometidos com a defesa da democracia, com a defesa dos direitos humanos”.
De acordo com Fátima, começa a tomar força, não só no Brasil, “como nos países que prezam a democracia”, uma indignação crescente sobre os rumos que está tomando o nosso País. “Na última sexta-feira mostramos que aqueles que defendem o respeito à democracia são em muito maior número do que diz a Rede Globo”, cutucou.
“As notícias veiculadas no final de semana deixaram claro para todos que, não apenas no Brasil, mas em todas as partes do mundo, cada vez mais vozes estão se levantando contra aqueles que insistem em atacar as garantias do Estado Democrático de Direito e colocar em risco a nossa democracia”, emendou.
Está cada vez mais explícito, segundo ela, que o que está acontecendo no Brasil não tem nada a ver com o combate à corrupção. “Quem está tentando acabar com as investigações não somos nós. Só defendemos que as investigações sejam republicanas, que elas não sejam seletivas”, explicou.
Para a senadora, está em andamento um plano orquestrado com a conivência de grande parte da mídia, de parte do Judiciário e de grande parte da oposição, para derrubar o governo à força e destruir o PT e o ex-presidente Lula.
“A essa tentativa de aniquilar uma força política com uma perseguição implacável se dá o nome de fascismo. Já vivemos isso em nossa história com a perseguição às esquerdas durante à ditadura militar e as consequências, todos nós sabemos, foram devastadoras”, lembrou.
A senadora ainda destacou que a opinião pública começa a se levantar para denunciar as vozes que que tentam dar um golpe no governo do Brasil. Fátima citou as manifestações do Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, de líderes sul-americanos, como o Presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, que também preside a Unasul, além dos presidentes da Venezuela, Argentina, Equador e Bolívia, que também expressaram o seu apoio ao governo da presidenta Dilma e deverão firmar uma posição comum na Unasul sobre a crise vivida no Brasil.
Outro citado pela senadora é o Prêmio Nobel da Paz, o argentino Adolfo Pérez Esquivel, que enviou carta em solidariedade à Presidenta Dilma e ao ex-Presidente Lula. Ele lembrou, segundo Fátima, que “a corrupção não se combate violando a Constituição; combate-se com transparência e democracia”.
A senadora também destacou o evento realizado nesta manhã no Palácio do Planalto, em que mais de 100 advogados e dezenas de entidades da sociedade afirmaram sua posição em defesa da democracia. Fátima ainda lembrou do manifesto dos artistas e intelectuais, que se colocam também “claramente contra o golpe e pela defesa da democracia”.
“É com este sentimento, de alegria, mas de firmeza, de consciência cívica, de defender a nossa Constituição, de defender a nossa democracia que nós continuaremos vigilantes e, no dia 31 de março, estaremos muito mais fortes nas ruas para dizer: ‘Golpe nunca mais’”, concluiu.
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