O que Cunha está fazendo é uma chantagem com o País, acusa Lindbergh

O que Cunha está fazendo é uma chantagem com o País, acusa Lindbergh

Lindbergh: É uma vergonha para o Brasil! O País parar, o Congresso parar por uma chantagem barata desse presidente da Câmara dos DeputadosA manobra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para adiar a apreciação dos vetos presidenciais, nesta quarta-feira (30), foi duramente criticada pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Para ele, o que Cunha está fazendo “é uma chantagem com o País. 

“É uma vergonha para o Brasil! O País parar, o Congresso parar por uma chantagem barata desse presidente da Câmara dos Deputados”, esbravejou o petista.

As tentativas de intimidação do presidente da Câmara devem-se ao financiamento de campanhas políticas por empresas. Cunha quer votar ainda nesta quarta-feira, na reunião do Congresso Nacional, o veto da presidenta Dilma a esse tipo de doação. Além disso, também tem pressionado o Senado a votar a proposta (PEC 113/2015), que torna constitucional tal prática.

O veto de Dilma teve como base a decisão do Supremo Tribunal Federal, que proibiu os repasses de empresas às campanhas políticas. A ideia de Cunha era derrubar o veto presidencial ou aprovar a PEC 113/2015 antes do dia 3 de outubro para que as doações empresariais sejam válidas no pleito municipal de 2016.

Para o senador, o fim da participação de pessoas jurídicas tornará o processo eleitoral mais justo, com candidatos com mais condições de competir sem o peso do poder econômico. Lindbergh acredita que isso também mudará o funcionamento do parlamento, já que havia lideranças nas Casas cujo poder advinha de “lobbies empresariais” – uma referência clara ao presidente da Câmara.

Para Lindbergh, sem as doações empresariais, Cunha não poderá segurar sua base aliada, utilizando as relações com as empresas para “financiar metade da Câmara dos Deputados”.

“Vejo esse gesto do deputado Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, como quem está chantageando o País, nessa discussão do financiamento empresarial. É um gesto de desespero, porque ele sabe que sua força política vinha, claramente, dessa possibilidade de ajudar algumas campanhas de parlamentares por meio desse financiamento”, afirmou Lindbergh.

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