Parlamentares acompanharão crise aberta pelo governo tucano do Paraná

Requerimento defendido pela senadora Gleisi Hoffmann pede envio de parlamentares para mediar conflitosUma comissão de cinco parlamentares – representantes de cada um dos cinco blocos – irá ao Paraná, nesta semana, para acompanhar a crise aberta entre os servidores públicos e dirigentes sindicais de um lado e o governo do estado de outro. O requerimento solicitando a Comissão Temporária Externa foi apresentado pelos senadores paranaenses Gleisi Hoffmann (PT) e Roberto Requião (PMDB-PR). Segundo a senadora, a situação é grave na região do Centro Cívico, em Curitiba, onde se localiza o Palácio Iguaçu, sede do governo. “A Assembleia está cercada, há notícias de violência e a situação deve piorar”, justificou a senadora.

A disputa tem relação direta com a tentativa do governador de modificar as regras da Previdência dos servidores do estado. Atualmente, a ParanáPrevidência é composta por três fundos: o Militar, o Financeiro e o Previdenciário. O governo quer que 33.556 beneficiários com 73 anos ou mais sejam transferidos do Fundo Financeiro, que é financiado com recursos do Tesouro estadual, para o Fundo Previdenciário, constituído a partir de contribuições dos servidores e do poder público.

O Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES) não concorda com a proposta e menos ainda com a forma como o texto tramita pela Assembleia Legislativa. Para os sindicatos, a medida impede o amplo debate sobre o assunto. Além disso, o FES é contrário à proposta e apresentou uma série de considerações e sugestões. A exigência dos sindicatos dos servidores é para que o governo retire o projeto e reestabeleça o processo de negociação com as categorias.

Nessa segunda-feira (27), a Assembleia aprovou a proposta governista. Mas faltam 16 emendas ao texto. Cobrando mais tempo para debater o projeto, os professores da rede estadual decidiram entrar em greve a partir de segunda-feira (27) e começaram a vir em caravanas para Curitiba acompanhar a votação. No entanto, sob a alegação de que está amparada em uma decisão judicial, a Mesa Executiva da Assembleia fechou as galerias do plenário e ordenou um cordão de isolamento feito por centenas de policiais militares em torno de todo o prédio.

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