Pinheiro defende fomento do governo à banda larga, mas como cliente das teles

Pinheiro: “Não adianta botar banda larga nas escolas e não definir conteúdo [que será disponibilizado aos alunos e professores]”A universalização da banda larga no País e a segurança na internet serão temas de duas audiências públicas na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática do Senado (CCT). Nesta terça-feira (19), os membros do colegiado aprovaram requerimentos do senador Walter Pinheiro (PT-BA) para a realização das reuniões. As datas das audiências ainda serão agendadas.

Na audiência sobre banda larga, serão convidados o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini e o presidente da Telebras, Jorge Bittar.

Pinheiro disse que pretende debater com Bittar uma proposta que leve a banda larga a escolas públicas de todo o País. O senador, no entanto, defende um planejamento prévio de como esse processo será feito.

“Não adianta botar banda larga nas escolas e não definir conteúdo [que será disponibilizado aos alunos e professores]”, afirmou o petista. Segundo ele, para o desenvolvimento da banda larga no Brasil é preciso que haja o fomento do Governo Federal, mas como cliente das operadoras privadas.

O objetivo é oferecer internet rápida nas escolas – em parceria com os governos estaduais e municipais, além de definir projetos estratégicos em outras áreas, como saúde e segurança pública. Pinheiro disse “não ter a ilusão” de que a Telebras construirá, sozinha, uma infraestrutura de banda larga em todo o território nacional.

“Acreditamos que o Senado não pode deixar de aprofundar esta discussão em um momento de baixo crescimento na economia nacional e da necessidade de implementar o projeto do governo como ‘Pátria Educadora’”, citou Pinheiro em seu requerimento.

Segurança

Além do fomento à internet rápida no Brasil, a segurança na rede também será tema de outro encontro na CCT. Pinheiro propôs convidar representantes dos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Defesa (MD) e do gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República.

Pinheiro justificou o pedido de audiência ao observar que, mesmo o uso massificado da internet ter permitido o acesso das pessoas ao conhecimento, também há os chamados crimes virtuais. “Como exemplo, temos no Brasil cerca de três mil vítimas por hora de delitos dessa modalidade. Com esses números, o Brasil ocupa o primeiro lugar dentre os países da América Latina, sendo o quarto colocado no mundo”, relata.

As datas das audiências serão definidas após as consultas aos órgãos convidados para os encontros.

 

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