“Nós queremos é a garantia de direitos conquistados duramente”, diz Fátima

“Nós queremos é a garantia de direitos conquistados duramente”, diz Fátima

Fátima: “Nós queremos um Congresso que saiba responder aos anseios da sociedade, sem se levar por ventos golpistas ou liberais”A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) destacou, nesta quarta-feira (19), em plenário, que toda manifestação realizada dentro dos preceitos democráticos e com o devido respeito deve ser saudada no que diz respeito à sua legitimidade. Porém, não serão aceitos discursos de ódio e intolerância, – como foram vistos nas manifestações de domingo. “Nós temos de saber filtrar àquilo que contribui com o processo democrático daquilo que pode ferir de morte a democracia e o Estado de direito”, disse.

Fátima reconheceu que atualmente o País passa por um momento tenso na política, onde “uma frase vira motivo para crise”. Mas, o que deve ser buscado num momento como esse, é exatamente a ação contrária, a busca do diálogo.

“Precisamos construir uma cultura de diálogo e defesa, argumentada de pontos de vista. E esse papel cabe preponderantemente ao Congresso Nacional, por ter uma composição plural, representativa dos mais diversos matizes do pensamento brasileiro”, argumentou.

A senadora ainda destacou a importância da manifestação que ocorrerá amanhã (20), que contará com a presença de movimentos sociais, partidos de esquerda, trabalhadores e estudantes, além de cidadãos que “prezam pela defesa da nossa soberania popular, que estarão nas ruas contra o golpe e pela democracia”.

“As manifestações de amanhã serão um contraponto ao discurso preponderante nas manifestações do último domingo, que pregaram o golpismo pelo impeachment ou ainda que se acharam no atrevimento de aconselhar, de repente, uma presidente democraticamente eleita e com base social a renunciar. Um dos pontos centrais do povo na rua é pedir que as mudanças estruturantes de que o Brasil precisa sejam feitas sob a ótica de reformas populares”, destacou.

A senadora também ressaltou em seu discurso que os manifestantes que vão ocupar as ruas amanhã pedem que as propostas conservadoras, que ganham cada vez mais espaço no Congresso Nacional, sejam barradas, por prejudicar as liberdades individuais, a elasticidade do Estado, os direitos das minorias e a participação popular.

“É com esse sentimento na alma que os movimentos sociais e diversas parcelas da nossa sociedade irão às ruas do Brasil. Iremos demonstrar que a nossa pauta não é a mesma dos que pedem mortes e opressão. Nós queremos é a garantia de direitos conquistados duramente. Nós queremos é um Congresso que saiba responder aos anseios da sociedade, sem se levar por ventos golpistas ou liberais, que acabam exatamente por penalizar os mais pobres”, reforçou.

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