Beto Nocit-BCB/Site do PT

Decisão de aumentar a Selic foi tomada pelo Banco Central mesmo em cenário de alta da economia
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu impor nova alta na taxa básica de juros, a Selic. O Copom decidiu elevar a Selic em um ponto percentual, saltando de 13,25% para 14,25%. Com a decisão, a taxa de juros atingiu o maior valor desde outubro de 2006. Este é o quinto aumento seguido, o que incide nas taxas de juros cobradas por instituições financeiras.
Setor automotivo cresce 10% sob Lula; Toyota anuncia investimento bilionário
O presidente Nacional do PT, senador Humberto Costa (PE), afirmou que o partido continuará cobrando queda da Selic. “O presidente Lula sempre teve uma posição crítica quanto à taxa de juros, assim como o PT. Esperamos que, daqui para a frente, o Banco Central possa mudar o seu posicionamento e comandar um processo de redução das taxas de juros. Nossa expectativa é que, a partir de julho, a Selic comece a cair”, disse.
As mudanças na Selic levam de seis a 12 meses para fazer efeito na economia, com o fenômeno chamado de “horizonte relevante”. Com isso, pode ocorrer um desestímulo para acesso ao crédito por parte da população nos próximos meses.
Os juros elevados também podem reduzir o consumo da população, o que pode levar a um menor crescimento econômico e gerar desemprego. Atualmente, o Brasil registra aumento substancial na geração de emprego com carteira assinada, chegando à situação de pleno emprego.
O senador Humberto Costa destacou que a elevação dos juros prejudica a economia do país. “O aumento da taxa de juros leva ao comprometimento do crescimento do Brasil”, ressalta.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) contrastam o cenário de elevação da Selic apontado pelo BC. Em 2024, foram criadas mais de 1,6 milhão de vagas com carteira assinada no país. O crescimento foi de 16,25% em relação ao ano anterior.