Prevenção

Enquanto conservadores negam crise climática, Governo Lula coordena ações preventivas e de apoio a atingidos por tragédias

Bancada petista ressalta importância da liberação recorde de recursos para evitar repetição das enchentes e socorrer populações

Alessandro Dantas

Enquanto conservadores negam crise climática, Governo Lula coordena ações preventivas e de apoio a atingidos por tragédias

Paim e Rogério Carvalho elogiaram ações do governo em prevenção

Atento ao cenário de crescentes desafios do clima no planeta, o Governo do presidente Lula tem mobilizado um amplo esforço de reconstrução e prevenção de desastres climáticos. Enquanto isso, o líder de um país vizinho, de perfil político conservador, adota postura de ceticismo e cortes orçamentários em áreas cruciais.

No Rio Grande do Sul, onde enchentes históricas devastaram cidades em 2024, o governo brasileiro tem implementado uma robusta resposta coordenada. Recursos federais foram liberados para reconstrução de infraestrutura, incluindo R$ 1,7 bilhão para estradas e pontes e R$ 60 milhões de apoio para a recuperação do sistema metroviário. Programas de auxílio direto, como o “Volta Por Cima”, foram ativados para apoiar famílias desalojadas. A grande mobilização federal, que inclui ações emergenciais e estruturantes, já soma R$ 111,6 bilhões, aponta no caminho da solidariedade nacional ao estado em dificuldades.

“Independentemente de diferenças políticas, nada impediu que a solidariedade fosse manifesta. De todas as regiões do país e do país, como o estado”, disse o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (PT-SE).

Além da reconstrução, um foco estratégico do Governo está na prevenção, com o “Plano Rio Grande”, que já conta com investimentos de mais de R$ 8,3 bilhões, visando resiliência climática, monitoramento hidrológico constante por órgãos federais e investimento em 130 novas estações meteorológicas, tudo em articulação com o governo estadual para garantir uma resposta abrangente e baseada em dados.

Para isso, é necessária também a mobilização de estados e municípios, com a elaboração de projetos aptos a receber os recursos e viabilizar obras, como a instalação dos diques de contenção do nível das águas.

Gaúcho de Caxias do Sul, e conhecedor dos problemas e dos riscos nessa época do ano, o senador Paulo Paim (PT-RS) disse que é fundamental que sejam instalados diques em áreas mais vulneráveis. “As águas vêm das montanhas, assumindo o leito dos rios, vão terminar no Lago Guaíba, em Porto Alegre, e não tem como não invadr Canoas, São Leopoldo, Esteio, Sapucaia, Guaíba, Santa Rita, todas as cidades que estai mais próximas do Rio”, disse o senador, citando a liberação de R$6,5 bilhões por comissão do Senado.

Em contraste, governos que desconsideram os alertas da ciência sobre a emergência climática ou que buscam ajustes fiscais a qualquer custo apenas agravam o problema, com consequências trágicas para os mais pobres. Apenas a título de exemplo, recentemente o governo Javier Milei, na Argentina, além de retirar a delegação do país da COP29 e extinguir o Ministério do Meio Ambiente, promoveu cortes em orçamentos ambientais e de pesquisa. E mais: vetou de modo cruel plano de ajuda de 200 bilhões de pesos (quase R$ 1 bilhão) destinado à reconstrução de Bahía Blanca, cidade devastada por inundações que deixaram mortos e perdas materiais significativas.

Nos últimos dias, fortes chuvas no Rio Grande do Sul trouxeram de volta a dura lembrança da tragédia evitável de 2024, quando 183 morreram e mais de 400 mil tiveram que deixar suas residências. Além de prestar o apoio necessário com ações imediata, o Governo Lula formulou políticas específicas para evitar a repetição da tragédia e minimizar danos. Leia abaixo algumas das ações federais no Sul.

Liberação de Recursos Financeiros: O Governo Federal tem sido o principal responsável pela destinação de bilhões de reais via medidas provisórias para a reconstrução de infraestrutura e apoio social. Grandes montantes, como os R$ 525,71 milhões em dezembro de 2024 e partes dos R$ 7 bilhões em um ano após a enchente, e os R$ 111,6 bilhões de mobilização geral, vêm de recursos federais.

Reconstrução de Infraestrutura: Investimentos em estradas e pontes federais (R$ 1,7 bilhão para reconstrução e R$ 1,2 bilhão apenas para estradas e pontes anunciado em janeiro de 2025). Apoio financeiro para sistemas metroviários (R$ 60 milhões para o Trensurb em Porto Alegre).

Apoio Social e Humano: Embora a execução seja local, programas como o “Volta Por Cima” (R$ 2,5 mil por família) são auxílios financeiros diretos com base em legislação e recursos federais.

Plano Rio Grande: Embora seja um plano de reconstrução e resiliência para o estado, ele conta com substancial investimento federal (mais de R$ 8,3 bilhões em investimentos já somados) e articulação com o governo estadual.

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