Direitos Humanos

Trabalho de parlamentares petistas faz avançar proteção a trabalhadores em situação de trabalho escravo

Comissão de Direitos Humanos aprovou relatório de Paulo Paim que dá prioridade no Bolsa Família às vítimas de trabalho escravo
Trabalho de parlamentares petistas faz avançar proteção a trabalhadores em situação de trabalho escravo

Governo Lula e parlamentares petistas apoiam combate ao trabalho escravo

A sociedade brasileira pode comemorar uma importante vitória, com a aprovação nesta quarta-feira (15/10), na Comissão de Direitos Humanos do Senado, do projeto que aprimora os mecanismos de proteção aos trabalhadores resgatados em condições de trabalho escravo. A proposta ainda inclui os trabalhadores domésticos no sistema de proteção contra esse crime contra a dignidade do trabalhador.

O avanço tem o apoio do governo do presidente Lula e é fruto do esforço direto dos parlamentares petistas. A proposta foi apresentada em 2023 pelo deputado Reimont (PT-RJ) e teve relatório elaborado por Benedita da Silva (PT-RJ). Agora, no Senado recebeu a contribuição fundamental de outro batalhador dos direitos humanos: Paulo Paim (PT-RS).

“O projeto enfrenta um problema histórico que é a vulnerabilidade dos trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão”, disse o senador, que foi o relator na CDH. Paim lembrou que o quadro é agravado pela fragilidade da fiscalização e impacta muito mais fortemente mulheres negras e de baixa renda. “É um segmento relegado à invisibilidade social, fortemente marcado pela herança escravocrata do país e pelas barreiras ao pleno exercício da cidadania e da dignidade do trabalho”, sintetizou.

O projeto dá prioridade no programa Bolsa Família às pessoas resgatadas de trabalho escravo, ampliando a proteção penal às vítimas de violência doméstica associada a essa condição. Nestes casos, o valor a ser pago a título de seguro-desemprego será aumentado.  Pelo texto aprovado, os sindicatos deverão participar da formulação de políticas públicas de proteção aos trabalhadores vulneráveis e de reinserção das vítimas.

Procuradores do Trabalho

Durante a discussão do projeto, Paulo Paim citou manifestação da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT), ressaltando o avanço que representa a aprovação do projeto para a promoção da dignidade humana. A entidade cita a criação de programa de apoio ao trabalhador resgatado, com oferta de moradia, alimentação e apoio por no mínimo três meses, e a inclusão no seguro desemprego. “[É importante] o reconhecimento do trabalho análogo ao de escravo como forma de violência doméstica e familiar, com a atualização da Lei Maria da Penha; o reforço aos mecanismos de proteção no trabalho doméstico, e o aumento das penas criminais para quem submete pessoas à escravidão contemporânea”, diz a nota dos procuradores.

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