A economia brasileira iniciou o ano de 2013 acelerando, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (16) pelo Banco Central (BC). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o crescimento apresentado pelo Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no primeiro trimestre foi “muito bom”. Ele falou ao chegar no ministério, mas não fez grandes análises dos dados. Limitou-se apenas ao “muito bom”.
O IBC-Br serve de indicador antecedente para o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o BC, o IBC-Br subiu 0,72% em março, na comparação com o mês anterior, nos dados dessazonalizados (sem levar em conta as variações como picos de vendas na indústria e no comércio por conta de datas festivas, por exemplo). Sem ajuste sazonal, o IBC-Br teve alta de 11,35% em março, ante fevereiro.
No primeiro trimestre, o IBC-Br registrou alta de 1,79% na versão sem ajustes, ante o mesmo período do ano passado. Em relação ao quarto trimestre de 2012, na série com ajustes sazonais, houve aumento de 1,05%.
O resultado oficial do PIB do primeiro trimestre será conhecido somente no dia 29 de maio, em divulgação que será feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Maior expansão trimestral desde 2011
O crescimento dessazonalizado de 1,04% no primeiro trimestre deste ano foi a maior taxa de expansão trimestral desde o primeiro trimestre de 2011 – quando o indicador avançou 1,45%, ainda segundo dados da autoridade monetária. No primeiro trimestre de 2012, por exemplo, o IBC-Br recuou 0,48%. No segundo e terceiros trimestres do ano passado, avançou 0,26% e 0,82%, respectivamente. No quatro trimestre de 2012, por sua vez, subiu 0,62%. Todas comparações foram feitas contra o trimestre imediatamente anterior.
Definição dos juros
O IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros da economia brasileira. Com crescimento menor, por exemplo, teoricamente haveria menos pressões inflacionárias. Atualmente, os juros básicos estão em 7,5% ao ano.
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2013 e 2014, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Depois de cair desde agosto de 2011, o BC decidiu, em novembro do ano passado, interromper o ciclo de cortes nos juros básicos da economia e manteve a taxa inalterada até março deste ano no mesmo patamar. Em abril, subiu a taxa para 7,5% ao ano.Para Mantega, ‘prévia do PIB’ tem resultado muito bom
Com informações das agências notícias