Na nova obra do governo federal, Dilma lembrou dos entraves que existem no Brasil para a construção de obras de infraestruturaA parte sul da BR 101 – rodovia que percorre todo o litoral brasileiro – sempre foi considerada uma estrada perigosa. Nesta quarta-feira (15), com a inauguração da ponte Anita Garibaldi sobre o canal Laranjeiras, em Laguna (SC), um dos maiores gargalos para o trânsito na Região Sul deixa de existir. Entregue hoje pela manhã pela presidenta Dilma Rousseff , a obra trouxe a expectativa de simplificação de um trecho onde os afunilamentos eram comuns. Estima-se que a região receba um fluxo médio de 27 mil veículos por dia.
A ponte é parte de uma obra ainda maior: a duplicação completa da rodovia, que liga o país de Norte a Sul e é o maior corredor para o Mercosul. Os 2.830 metros da nova ponte custaram cerca de R$ 760 milhões e levaram três anos para serem concluídos. A presidenta disse que a obra foi concluída num prazo considerado curto graças à parceria da União com o governo estadual e ao Regime Diferenciado de Contratações (RDC). O modelo do RDC permite que um projeto tenha um processo simplificado e mais ágil para sair do papel.
“Superamos todos os entraves que no Brasil há para se realizar obras de infraestrutura”, disse. “Temos de ter no Brasil infraestrutura de qualidade para poder desenvolver indústrias, para poder garantir empregos e para poder garantir a segurança do tráfego para a população.”
Em seu discurso na solenidade de inauguração da ponte, a presidenta citou os projetos de rodovias em Santa Catarina que serão concedidos à iniciativa privada no Programa de Investimentos em Logística (PIL). Só no estado, devem ser investidos R$ 6,4 bilhões em três trechos. Também estão previstos R$ 4,5 bilhões de um projeto que envolve trechos de rodovias no Paraná.
Segundo ela, as concessões vão garantir o crescimento de Santa Catarina, que tem uma indústria forte. Os projetos incluídos no PIL são: as BRs 470 e 282, de Itajaí ao oeste do estado; a BR 280, de São Francisco do Sul a Porto União; e a BR 101, de Palhoça à divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul.
Retomada do crescimento
Dilma usou a imagem das “pontes” para comentar o atual momento da economia brasileira que se encontra numa fase de ajustes para a retomada do crescimento.
“Uma ponte, ela une, uma ponte fortalece, uma ponte junta energia, uma ponte permite que você supere obstáculos. O que nós queremos no Brasil, é que, entre nós, se construam pontes. Porque juntos nós somos capazes de superar todas as dificuldades”, avaliou a presidenta.
Ela avaliou que o Brasil se tornou mais forte nos últimos 13 anos, com melhor distribuição de renda, geração de empregos e crescimento da economia. “Podem ter certeza, o Brasil irá voltar a crescer, gerar cada vez mais pontes como essa, gerar empregos, contar com a sua população trabalhadora”, disse.
Estrutura
A estrutura da nova Ponte de Laguna, erguida sobre as lagoas de Imaruí e Santo Antônio, entre os km 313,1 e 315,9 da BR-101, foi construída com blocos de concreto. Com 2,8 mil metros de extensão, tem os 400 metros da parte central suspensos por 60 cabos de aço.
Os mastros Norte e Sul fazem a sustentação central. A chamada torre Norte tem estaqueamento de 65 metros e a Sul, de 52 metros. São duas faixas para cada sentido da ponte, separados por barreiras de concreto. O acostamento tem largura de 3 metros.
Com informações do Portal Brasil e das agências de notícias
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