Compra de Votos

Temer manobra e consegue escapar de denúncia na CCJ

Golpista Temer negociou cargos e liberou R$ 1,8 bilhão em emendas com parlamentares para garantir votos contra denúncia da PGR
Temer manobra e consegue escapar de denúncia na CCJ

Foto: Lula Marques

Parlamentares do PT denunciaram as manobras e diversas trocas de integrantes por parte do golpista Michel Temer para angariar votos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara contra o parecer de Sergio Zveiter (PMDB-RJ) favorável à admissibilidade da denúncia pelo crime de corrupção passiva. Apesar do resultado, a denúncia ainda deverá ser votada em plenário.

O usurpador Temer liberou cerca de R$ 1,8 bilhão para aproximadamente 330 deputados de sua base aliada, além de oferecer cargos e orientar que os parlamentares não-alinhados fossem trocados pelos partidos que dão sustento ao governo. Ele foi absolvido na comissão por 40 votos a 25, em votação nesta quinta-feira (13).

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) afirmou que Temer comprou votos para conseguir o resultado. “Após trocar membros da Comissão de Constituição e Justiça, liberar emendas, dar cargos e prometer tudo o que os parlamentares da base queriam ouvir, o governo Temer jogou para baixo do tapete o pedido de abertura de inquérito contra o presidente por corrupção passiva”.

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) também denunciou a compra de votos para que a CCj não aprovasse a denúncia contra Temer.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) destacou que a “compra de votos de Temer funciona e base aliada rejeita parecer contra o golpista”.

Para o deputado Adelmo Leão (PT-MG), destacou explicou como segue a tramitação da denúncia, que vai a plenário.

O deputado Patrus Ananias (PT-MG) considerou a votação um “extremo escândalo”.

O líder do PT no SenadoLindbergh Farias (PT-RJ), classificou a votação da CCJ como “escândalo”.

O senador Humberto Costa (PT-PE) denunciou que “a acusação de crime acolhida pelo relator na CCJ, que é do mesmo PMDB de Temer, valeu menos que os cargos e o dinheiro liberados para comprar deputados a seu favor”.

 

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