Os senadores da bancada do PT criticaram a covardia aventada pelo governo Bolsonaro contra aposentados e pensionistas. De acordo com notícias veiculadas, a equipe econômica coordenada por Paulo Guedes estudava a possibilidade de congelamento no reajuste de aposentadorias e pensões por dois anos para reduzir gastos públicos e permitir a operacionalização do programa Renda Brasil.
“É uma agressão covarde congelar os benefícios dos aposentados e pensionistas por 2 anos, como quer o governo. A maioria ganha uma miséria. Essa categoria já vem sofrendo com a alta dos preços dos alimentos, remédios, luz, gás. Daqui a pouco, estarão nas ruas pedindo esmolas”, alertou o senador Paulo Paim (PT-RS), presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH).
A ideia de congelar os benefícios previdenciários (aposentadorias, pensões, auxílio-doença e salário-família) por dois anos foi confirmada pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. A medida atingiria tanto quem ganha um salário-mínimo (hoje, em RR$ 1.045), como quem recebe acima disso e permitiria, inclusive, benefícios menores que o piso – o que é proibido atualmente.
“A desindexação que apoiamos diretamente é a dos benefícios previdenciários para quem ganha um salário-mínimo e acima de um salário-mínimo, não havendo uma regra simples e direta [de correção]. O benefício hoje sendo de R$ 1.300, no ano que vem, ao invés de ser corrigido pelo INPC, ele seria mantido em R$ 1.300. Não haveria redução, haveria manutenção”, disse o secretário ao G1.
“O governo Bolsonaro quer cortar R$ 10 bilhões ao ano em benefícios para deficientes e idosos. A perseguição atroz desse governo contra o povo só aumenta. Para ter um dia de paz com Bolsonaro no poder, só se você for filho dele ou dono de banco, aí pode tudo! Vergonha”, classificou o senador Humberto Costa (PT-PE).
“O desgoverno de Bolsonaro apoia que benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões, sejam desvinculados do reajuste do salário-mínimo e congelados nos próximos dois anos. Povo largado à própria sorte”, criticou o senador Paulo Rocha (PT-PA).
Na manhã desta terça-feira (15), Bolsonaro recuou da medida após a repercussão negativa e afirmou que manterá o Bolsa Família até 2022. “Bolsonaro foi descoberto tungando dinheiro dos mais pobres. Queria saquear aposentadorias e pensões. Descoberto, voltou atrás, como sempre. O Renda Brasil dele é uma mentira. O que vai ficar é o Bolsa Família, criado por Lula e que retirou mais de 36 milhões da pobreza”, disse o senador Humberto Costa.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN) criticou a iniciativa de Bolsonaro em querer repaginar programas criados pelo PT prejudicando justamente os mais pobres.
“Bolsonaro e Guedes querem que, mais uma vez, quem está na base da pirâmide social pague a conta. Enquanto isso, o governo silencia sobre a taxação das grandes fortunas. A preocupação deles não é com justiça social e nem com distribuição de renda de verdade. O interesse é fazer marketing social tirando do bolso dos trabalhadores, sem mexer nos privilégios da elite.”, criticou o senador.