Ao mestre, com carinho – Por Marta Suplicy Dizer que a afetividade permeia a aprendizagem é óbvio para qualquer pedagogo. Assim como sabemos que o outro é fundamental para a constituição do próprio sujeito e de suas formas de agir.A construção do conhecimento ocorre a partir de intenso processo de interação entre as pessoas e o mundo social. O que é vivido e observado no nível social aos poucos é internalizado ou não. Vira conhecimento ou passa ao largo como chuva.O que muitos estudiosos afirmam é que, além do indivíduo que quer conhecer e do objeto a ser apropriado, o elemento mediador é a peça-chave. Ele é que vai influir no aspecto cognitivo e dar o sentido afetivo e, portanto, a qualidade do que se está aprendendo.Estamos na era Steve Jobs e parte do conhecimento, pelo menos para uma parcela da população (50% dos lares das regiões metropolitanas brasileiras já têm computador), é obtida pela internet. Da redação
Crise nos EUA:o que significa ser o número 1? – Por David J. Rothkopf Na América, parece que estamos mais interessados em chegar na frente do que em perceber que corrida estamos disputando. A ladainha é onipresente, seja nos discursos de Obama ou do mais simples americano, não importa sua coloração partidária: “Precisamos construir — ou , ou educar, ou investir, ou reduzir o défcit—para que a América volta e ser a Nº 1”. Nós queremos ser Nº1—mas para quê? Em quê? Da redação
Brasil e encruzilhadas globais – Por José Dirceu À Europa, nossa presidente, Dilma Rousseff, disse ser importante que os países emergentes participem dos debates sobre a situação econômica dos mais ricos, apontando o G-20 (grupo dos 20 países mais desenvolvidos do mundo) como o fórum adequado. Isso porque, como se viu na crise de 2008, os problemas das grandes economias repercutem internacionalmente. A fala de Dilma, contudo, causou reações contrárias nos círculos ortodoxos. Em solo brasileiro, as críticas foram vocalizadas pelo ex-ministro da Fazenda Pedro Malan. Da redação
Direitos humanos e combate à tortura – Por Maria do Rosário O Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura dará transparência a instituições fechadas, o que não acontece em ditaduras. Da redação
Trauma – Por Marta Suplicy Neste voo semanal que faço a Brasília, sentei na cadeira do corredor. Logo chegou um senhor, que se sentou ao meu lado, e uma jovem senhora, à janela. Vim lendo os jornais, o vizinho do meio dedicava-se às palavras cruzadas e a jovem deu um jeito de se comunicar contando que tinha sido assaltada naquela semana: "Senadora!...". Da redação
Em jogo, a História – Por Maria do Rosário A Câmara dos Deputados aprovou (21/9) o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade, para investigar as violações de direitos humanos cometidas pelo Estado brasileiro entre 1946 e 1988. A aprovação da Comissão da Verdade é histórica. Os governos democráticos no período pós-Constituição de 1988 deram passos importantes nesse sentido. Estamos falando de um período em que a perseguição, a tortura, a censura e até a morte de opositores eram práticas de Estado. O presidente Fernando Henrique Cardoso criou, em 1995, a Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e, em 2001, a Comissão de Anistia. O presidente Lula ampliou o conhecimento de documentos até então sigilosos e enviou ao Congresso os projetos de lei de acesso à informação e da Comissão da Verdade. Da redação
Guerra federativa? – Por Lindbergh Farias As descobertas de petróleo na camada pré-sal representam uma grande conquista do povo brasileiro. A alteração no marco regulatório do petróleo, porém, pode mergulhar o Brasil numa indesejada guerra federativa. Estados não produtores possuem o legítimo direito de pleitear uma maior participação nessa riqueza. Mas a conta não pode ser paga pelos Estados produtores. Da redação
Três níveis de corrupção – Por Renato Janine Ribeiro Denúncias contra a corrupção são cada vez mais frequentes em nossa vida política. Isso não é coisa nova. O fim do regime democrático, em 1964, foi marcado por uma festa de denúncias contra "corruptos" e "subversivos". A ditadura que se seguiu cassou os segundos mas poupou os primeiros - aliás, aumentou seu número e atuação. Mas é inegável que há corrupção no Brasil, como, infelizmente, em muitos países, talvez todos. Da redação
Educação e profissionalização pede a participação de todos – Por Humberto Costa O desenvolvimento econômico e sustentável do País passa pela formação e capacitação de profissionais habilitados para desenvolver soluções inovadoras, operar máquinas e equipamentos de ponta, e elevar a produtividade da produção nacional. Por isso, é fundamental a articulação da sociedade, dos setores público e privado, em torno de várias ações envolvendo a melhoria da educação básica, a ampliação do acesso à formação universitária e a larga oferta de cursos profissionalizantes. Da redação
Como financiar a saúde pública – Por Walter Pinheiro “O atendimento prestado pelo SUS depende de recursos do limitado orçamento público. Daí a necessidade de se encontrar uma fonte definitiva para o financiamento da saúde pública no país” Da redação
Em defesa de mais recursos para a saúde – Por Humberto Costa É com satisfação que começo, a partir de hoje, a participar desse espaço de debates e ideias para contribuir com informações do mundo da política e ampliar a discussão acerca de temas de interesse do cidadão brasileiro e pernambucano. Da redação
Os simbolismos do discurso de Dilma na Assembleia da ONU – Por Dennis de Oliveira Mas comparando os discursos, percebe-se a diferença ideológica. Enquanto a presidenta Dilma, apoiada por uma coalizão progressista, fez referências claras a discriminação de gênero, lembrando a subalternização social das mulheres no mundo; o presidente estadunidense não fez qualquer menção a questão étnica pois ele só está lá – e continua no poder da maior superpotência do planeta – porque abriu mão de qualquer discurso de afirmação racial. Da redação