Segundo projeções realizadas por especialistas, em 2028, os resíduos cairão ao montante de 50%, o que corresponderá a uma economia para o Rio Grande do Sul de R$ 16,7 bilhões, ou seja, caindo pela metade. Apesar de não ter passado a proposta que previa a redução do índice de comprometimento da receita de 13% para 11%, podemos dizer, sem sombra de dúvidas, que a proposta é boa e tira do sufoco muitos estados e municípios.
Com a redução desse índice, diminuiríamos também o montante comprometido com as prestações da dívida, podendo ampliar a capacidade de investimentos no Estado. Em relação ao valor principal, chamado estoque, nada muda, a expectativa é de que seja quitado em 15 anos. Hoje, o valor que o Rio Grande do Sul deve de principal é R$ 21,5 bi, acrescido de R$ 20,5 bi em relação aos resíduos. O projeto se torna relevante à medida que renegocia dívidas dos estados que ultrapassam os R$ 400 bi e dos municípios que superam os R$ 68 bi. A proposta que os senadores têm a responsabilidade de votar nos próximos dias não é a “salvação da lavoura”, mas é um grande passo em direção ao resgate do espírito republicano que tanto sonhamos.
Artigo originalmente publicado no Jornal do Comércio e no site Sul 21