carestia

Dolarização dos combustíveis detona poder de compra

Sem reajuste real dos salários, famílias permanecerão mais pobres por anos, alertam economistas
Dolarização dos combustíveis detona poder de compra

Foto: Agência PT

O reajuste de preços da gasolina e do diesel, realizado no último dia 11 de março, causou um aumento generalizado dos indicadores econômicos. Anunciado nessa segunda-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) acelerou para 2,48% em abril, mais que o dobro do resultado de março (1,18%), acumulando alta de 7,63% no ano e de 15,65% em 12 meses.

O IGP-10 é uma das versões do Índice Geral de Preços (IGP). Ele registra a inflação de preços, desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais, no período entre o dia 11 do mês anterior e o dia 10 do mês atual. O indicador é formado por 60% do IPA-10 (Índice de Preços por Atacado), 30% do IPC-10 (Índice de Preços ao Consumidor) e 10% do INCC-10 (Índice Nacional de Custos da Construção).

Já o Índice de Preços ao Consumidor-Semanal (IPC-S), subiu 1,84% e acumula alta de 11,45% nos últimos 12 meses. O índice mede a variação do custo de vida para famílias com renda entre 1 e 33 salários-mínimos. Apesar de a coleta ser semanal, a apuração das taxas de variação leva em conta a média das quatro últimas semanas até a data de fechamento.

Economistas ouvidos pelo UOL dimensionaram os efeitos negativos da inflação de dois dígitos de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes. A carestia sem fim causada pela dupla, avaliam, deixou os brasileiros mais pobres, e a perda de poder aquisitivo só irá se recuperar se a renda média avançar mais rápido que a inflação, a mais forte em duas décadas.

“O salário mínimo subiu menos que a inflação. Além disso, os produtos estão subindo muito mais que os índices de preços. Mesmo que o salário acompanhasse a inflação, não seria suficiente para repor o poder da compra. Para piorar, a renda média da população caiu 4,2% desde março de 2020”, afirma a reportagem, sem mencionar que Bolsonaro extinguiu a política de valorização do salário mínimo praticada pelos governos petistas, que garantia a recomposição salarial acima da inflação.

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